No OVERandOUT, com data de 20 de Julho, está um excelente post sobre a história dos BLUES.
Como introdução ao que se vai seguir, recomendo vivamente a leitura desse texto, já que este post é uma espécie de sequência.
Já leram? Então posso prosseguir.
Ao lê-lo, lembrei-me de ter aprendido há tempos que muitas das canções entoadas pelos escravos trazidos de África nas plantações de algodão e outras explorações agrícolas, ou ao longo das vias férreas em construção, se destinavam a orientar e ajudar os que, tentando escapar à escravidão, fugiam em direcção ao Norte e à liberdade. Nas suas letras escondiam-se conselhos, nomes, locais, indicações preciosas para quem empreendia a fuga e queria chegar ao fim.
Procurei na net documentação, e obtive alguns resultados.
É imprescindível referir, a este propósito, a organização que ficou conhecida como The Underground Railroad, formada por pessoas de várias origens, e destinada a proteger e facilitar a fuga dos escravos.
Sobre essa organização, há um bom texto AQUI (em Inglês, mas curto e claro) e uma definição neste local da Wikipédia.
Podemos fazer, no site da National Geographic, uma interessante viagem rumo à liberdade, talvez iniciada com a ajuda de Harriet Tubman (nome de código Moses), e ao longo da qual outras figuras destacadas do movimento abolicionista vão surgindo.
Mas voltemos aos blues.
Entre as músicas cantadas pelos escravos, “Follow the Drinking Gourd” foi seguramente a mais conhecida, desde logo pela extrema clareza da letra.
Senão, vejamos:
When the sun comes back,
and the first quail calls,
Follow the drinking gourd,
For the old man is waiting
for to carry you to freedom
If you follow the drinking gourd.
Chorus:
Follow the drinking gourd,
Follow the drinking gourd,
For the old man is waiting
for to carry you to freedom
If you follow the drinking gourd.
The riverbank will make a very good road,
The dead trees show you the way.
Left foot, peg foot travelling on,
Following the drinking gourd.
The river ends between two hills,
Follow the drinking gourd,
There's another river on the other side,
Follow the drinking gourd.
When the great big river meets the little river,
Follow the drinking gourd.
For the old man is waiting
for to carry you to freedom
If you follow the drinking gourd.
A partir deste esclarecedor vídeo do You Tube, podemos encontrar outras interpretações da canção, a maior parte delas por coros escolares. Parece que a música ficou.
E ficou também a evidente associação dos BLUES à liberdade.
Os blues provêm, alegadamente, das «working songs». Estas eram cantadas na língua materna dos escravos, lingua(s) essa(s) que era(m) desconhecidas) dos capatazes e outros colonizadores. Como sabemos, (e os donos de escravos também sabiam), a aculturação é uma forma de dominação bastante eficaz. Como se explica, então, que permitissem que os escravos entoassem as SUAS melodias, nas SUAS línguas?! A resposta é simples: as work songs faziam aumentar o ritmo do trabalho e impediam muitos acidentes laborais. (Por exemplo, se estavam a cavar, não haveria o perigo de um baixar a enxada quando o outro a estava a erguer, porque cavavam ao ritmo da música).
Então os escravos começaram a aproveitar as work songs para enviar mensagens, ao longo dos campos e mesmo «nas barbas» dos patrões e capatazes» que, já nessa altura, não se davam ao trabalho de aprender outra língua que não fosse o rudimentar inglês KKKKKKK.
Podiam, por exemplo, estar a cantar, na frente do capataz, «digam à Maria que o marido conseguiu fugir e está à espera dela no celeiro da fazenda do irmão deste barrigudo deslavado»
Fascinante, não é?
Interessante, também, é a etimologia do jazz; esta música nasceu na rua das lanternas vermelhas, em New Orleans; eram «casas de meninas», onde os homens iam «to jazz»; a dada altura, a música tornou-se mais importante que a actividade sexual... :-)
Em ambos os casos, com os devidos agradecimentos.
47 comentários:
Grande e moroso o caminho para a BLUE(s) FREEDOM!
Tantas guerras e ameaças entretanto aconteceram que parece um pouco esquecido este período da História!
E na realidade, nunca se conseguirá fazer um futuro melhor se o passado for esquecido.
Por isso, obrigada Alien, por o teres seguido e hoje aqui estar tão bem documentado!
Um beijo
Ps-No meu blog não consigo fazer nada, o blogger está indisponivel :(
Ja não está :)
Ai Alien, que larguei os pratos e voltei aos meus tempos de Boston and you know man que tive /tivemos que estudar a coisa sob o ponto de vista do movimento e, para isso nada melhor que frequentar os clubes dos ditos. Muito "honey whiskey" e "mint cigars" nos palcos de corpos anestesiados mas talentosos na fonte.
E há sempre um "Djisas" que os manda fazer qualquer coisa e, convenhamos, os orienta mesmo no exercício da violência. Djisas serve para tudo. Raramente falam em nome da vontade própria.
E têm uma colecção, como o flamenco, de códigos gestuais cheios de mensagens. Às vezes quase imperceptíveis.E é aí que começa a dificuldade. Mais tarde uma coreógrafa branca juntou-lhe o equilibrio e um negro, também coreógrafo elevou os movimentos á dignidade da sistematização. Da escola que viria a desenvolver outras escolas, infelizmente pouco conhecidas na Europa.
Muito se arrastam e batem os pés, muito se elevam os braços, muito se torce o tronco e muito falam os ombros.
Mas os nossos pés e as nossas mãos na sua pequenez não conseguem ter o mesmo efeito expressivo. Não conseguimos "falar" como o corpo magro e alto de um negro.
Já não me lembro de todas as "traduções", mas muitas expressões lãnguidas de amor se referiam às maravilhas do norte, uma espécie de promise land.
Mas lembro-me das vozes arrastadas e do olhar muito vermelho e vítreo que nunca pousou no nosso.
Como se houvesse uma interiorização genética da fuga.
Abraço, my goood mannnnn
prease the Lord Djisas
não sabia que os Blues serviram para troca de informação. Interessante.
bj
Vanda,
Se não fosse o teu post, jamais me teria ocorrido fazer este. Por isso, estou-te grato.
Insondáveis e misteriosos são, por vezes, os caminhos da liberdade. E é bem verdade que a necessidade aguça o engenho!
O passado existiu e existe. Não é possível pô-lo de lado, nem argumentar com "saudosismos" perante quem o lembra, como parece estar na moda. É dele que se parte para o futuro, sem ele o futuro não faria sentido. Nem o presente.
Até a música o prova. Até os blues... :)
Beijos.
Lizzie,
Preciosos, os teus (se me permites o pronome) esclarecimentos, de um ponto de vista que me era desconhecido, excepto no que respeita à forma de dançar, que em miúdo aprendi a conhecer em África.
De facto, não conseguimos "falar" assim.
Aprendeste da melhor forma, pelo que vejo, e só espero que não tenhas largado os pratos de repente, como eu agora larguei a "cerimónia"... :)
Um abraço.
Teresa,
Muito interessante, mesmo. Já não poderei dizer o mesmo do "free jazz", apesar da denominação hehehe!
Um beijo.
Alien,
não tens que estar grato por coisa nenhuma:) se assim fosse estariamos todos gratos uns aos outros, porque é através do "intercambio" de pensamentos, vivencias e sentimentos que todos nós vamos evoluindo e aprendendo mais um pouco!
Poe exemplo, lendo o comentario da Lizzie, quase me vi transportada para um outro mundo, admiro a sua capacidade de nos fazer voar para outros planetas... assim...em menos de um fósforo!
Penso voltar a pegar nos Blues quando tiver as fotos do Senegal, passadas para cd (façanha morosa que a Zuli se ofereceu para me fazer, imagina!!),por isso não te preocupes! :) Há pano para mangas! :) (ha outros ditados populares na outra margem, sabias?)
Quanto ao meu blog, já é layout e julgo que já consegui fazer as alterações em causa...ou não? ;)
Beijos
Vanda,
Já conseguiste, sim! Ou então, por ser diferente do meu, era eu que não estava a ver bem a coisa... :)
Também achei notável o comentário da Lizzie. Isto é muito bonito, não há dúvida!
Vou ver se encontro os tais ditados :)
Beijos.
Na calma desta madrugada já não consigo ver tudo.
Mas volto!
Alien,
Prease the Lord.
Amen.
Blues ou a música como linguagem de Liberdade.
Sempre foi.
Beijos
Ai "teus" é pronome?
Pois que é engraçado! Pois que soa bem.
E as coisas têm que ser vistas no seu contexto histórico. Penso que é essa a vossa ideia. O que não faz sentido é prolongar o que é negativo, contra a evolução pelo tempo fora, arrastando a falta de dignidade pelos interesses económicos fora.
Seja qual fôr a cor.
E Alien, as várias formas de dançar dos negros africanos são capazes de não ser as mesmas destes do sul dos Estados Unidos. Aqui houve uma grande mistura de influências.Alguns gestos e movimentos foram influenciados pelas danças e etiquetas corporais que viam nos salões dos "donos", que, por sua vez têm origem no folclore europeu e nas danças palacianas, nomeadamente a tão célebre, versátil e intemporal pavana.
E por via das alembraduras já botei post novo relacionado com os vossos. Tens razão, Vanda, este mundo serve para trocas e aprendizagens.
E mais não me estraguem com mimos, ESTÁS a ler, Alien?
(estás é um verbo não cerimonioso.Ora toma)
Obrigada
beijinhos
Bettips,
Até ao teu regresso :), mas obrigado pela passagem.
Lola,
Sem dúvida, sem dúvida.
AMEN também à sobremesa que já acrescentei à refeição do post anterior:)))
QUEM QUER PROVAR?
Beijinhos!
Lizzie,
A minha ideia é precisamente essa, nem mais nem menos.
Tens certamente razão quanto às formas de dançar. As que conheci impressionaram-me. Miúdas e miúdos de 2 e 3 anos já com a dança no corpo, a graça dos movimentos, e a elegância e a eloquência dos gestos a manterem-se nas pessoas de idade.
Naturalmente, as influências de culturas diferentes manifestam-se nas formas de dançar de que falas, mas que, como disse, e para mal dos meus pecados, não conheço. Talvez só um pouco dos movimentos associados ao "dixie". Vou ver se aprendo mais no teu post.
Pois tomei, sim :)
E quem te estraga com mimos é a Lola, mai-la sua sobremesa que finalmente chegou ao post anterior.
Obrigado eu.
Beijinhos, pois!
Ai desculpem-me! Atrasei-me!
De acordo com as danças.
Ritmos completmente diferentes.
Sensualidades diferentes.
Vivências diferentes, como tão bem a Lizzi, refere.
´
Admirável a evolução da musica!
E agora vou aos doces!
-Obrigada Lola :)
Beijos
Não sou um especialista...
Abraços aos dois e bom fim de semana.
http://suckandsmile.wordpress.com/
Obrigada Lola.
Já lá fui meter o dedinho, ninguém viu porque levantei a fatia de manga e depois tapei outra vez. Está deliciosa e fresca.
E, Alien, os negros têm um talento natural para a dança tal como os ciganos. Já é genético aquele sentido de ritmo. Acho delicioso ver as miudinhas ciganas a bambolear-se e,às vezes, a cair de rabo no chão. Outra coisa engraçada é a performance de vaidade e altivez. Uma vez vi uma passar por nós, depois da dança, de cabeça levantada como...uma grande senhora. Devia ter uns 3 anos e foi de morrer a rir.
Em relação a África, subsaariana, nunca lá fui. O que vi deles, a esse nível, foi cá e nos EUA. Suponho que não passam de pequenas amostras em relação à verdaeira origem.
Abraço.
Vanda,
Bom proveito:)
E um bom fim de semana.
E um beijo.
Anónimo,
Bom fim de semana para todos aí, e um abraço!
Lizzie,
Fizeste bem em experimentar a mousse... está óptima, posso garantir :)))
Quanto à dança, pelo que escreveste antes, talvez não sejam apenas pequenas amostras. Formas diferentes, mas igualmente atraentes?
Ah, e a vaidade e altivez também já presenciei. De morrer a rir, como disseste!
Bom fim de semana.
Um abraço.
Bom fim de semana!
Beijos ainda sem asas ;)
Bom fim de semana, Vanda, com ou sem asas :)
Um beijo.
Xi... quanta festa por aqui passou (e continua) entre choquinhos, mousses de mangas, blues, histórias de facto, sabores a danças! Que grande caldeirada! A ver que projecto de thriller consigo fazer com todos estes suculentos ingredientes... ih ih
Vasi, Alien e fim de semana palpitante!:)
E enquanto não vou lagartear para o atlantico, imagina o que eu descobri sobre o cesariny: "Introduz também a técnica designada “cadáver esquisito”, que consiste na construção de uma obra por três ou quatro pessoas, num trabalho em cadeia criativa em que cada um dá continuidade, em tempo real, à criatividade do anterior, conhecendo apenas parte do que este fez."
Que raio, mas porque me conta ela isto?;)pensarás tu ;)é que me lembrei de uma mancha viajada e de cor azul:)
Ideia da Lola se não estou em erro!
E de caminho vou lagarteando até ao alexander...pois...pufff...hic...hic...
Excelente post Alien!
Tanto no outro blog, como aqui ficou bem explicada a estupidez(para não dizer outro nome), da escravatura.
Mas ao menos nasceu o blues que eu tanto gosto.
Beijos
Nnannarella,
Também gostaria de ver que projecto de thriller inventarias com toda esta festança... mas algum haverás de inventar :)))
Enquanto não se devenda o mistério lá do outro lado (já vou verificar...), bom domingo e
VASI!
Vanda,
Pois é, o Cesariny introduziu, ao que parece, em Portugal, o "cadáver esquisito", inventado pelos surrealistas franceses que, à volta de uma mesa, entre cafés e absinto, iam escrevendo, à vez, uma ou mais palavras, sem que nenhum deles soubesse o que o anterior tinha escrito. A frase assim obtida que ficou para a História foi "Le cadavre exquis boirá le vin nouveau", traduzido em Português para "O cadáver esquisito beberá o vinho novo", com a designação da técnica abreviada para "cadáver esquisito", embora "exquis" signifique realmente "requintado", "refinado" (aplicável, por exemplo, à tua receita da caldeirada de chocos :)))
Das palavras passou-se rapidamente às histórias, e cada pessoa escrevia uma parte da história, conhecendo ou não, conforme as opções, a parte anteriormente escrita.
Em tempos, quando eu tinha outro blog, fizemos uma experiência dessas na net, em que cada um dos interessados escrevia uma parte da história, conhecendo a parte anterior. Não fomos os únicos, há várias experiências dessas por aí.
No caso da mancha azul, foi de facto a Lola que se lembrou da ideia :)
E tu, com os Alexanders, estás no bom caminho para a aplicação da técnica :)))
Bom domingo e um beijo!
Wind,
Obrigado!
Sim, ao menos nasceram os blues...
Bom domingo e um beijo.
alien, passei à pressa, não li (ainda) todos os comentários nem abri (ainda) os links, pelo que peço que me desculpe se eu acabar por ser redundante relativamente aos «não lidos».
Estudei a história do jazz, em tempos muito, muito idos. Foi uma história que me fascinou. Tanto quanto julgo lembrar-me, há um pormenor que talvez ajude a esclarecer melhor o sentido das letras de libertação, a que aqui alude.
Os blues provêm, alegadamente, das «working songs». Estas eram cantadas na língua materna dos escravos, lingua(s) essa(s) que era(m) desconhecida8s) dos capatazes e outros colonizadores. Como sabemos, (e os donos de escravos também sabiam), a aculturação é uma forma de dominação bastante eficaz. Como se explica, então, que permitissem que os escravos entoassem as SUAS melodias, nas SUAS línguas?! A resposta é simples: as work songs faziam aumentar o ritmo do trabalho e impediam muitos acidentes laborais. (Por exemplo, se estavam a cavar, não haveria o perigo de um baixar a enxada quando o outro a estava a erguer, porque cavavam ao ritmo da música).
Então os escravos começaram a aproveitar as work songs para enviar mensagens, ao longo dos campos e mesmo «nas barbas» dos patrões e capatazes» que, já nessa altura, não se davam ao trabalho de aprender outra língua que não fosse o rudimentar inglês KKKKKKK.
Podiam, por exemplo, estar a cantar, na frente do capataz, «digam à Maria que o marido conseguiu fugir e está à espera dela no celeiro da fazenda do irmão deste barrigudo deslavado»
Fascinante, não é?
Interessante, também, é a etimologia do jazz; esta música nasceu na rua das lanternas vermelhas, em New Orleans; eram «casas de meninas», onde os homens iam «to jazz»; a dada altura, a música tornou-se mais importante que a actividade sexual... :-)
Tia Adoptada,
Muito obrigado pela visita e pelos seus esclarecimentos, que vou tomar a liberdade de aditar ao post, dada a sua evidente pertinência!
Boa semana!
Alien, eu é que agradeço pelas honras de 1º página:-))
E fico embaraçada, pois escrevi um pouco à pressa e sem procurar as fontes para as indicar aqui. A bem da verdade, terei já alguma dificuldade em referi-las, com exactidão. lembro-me de que alguns dos livros que consultei, na época, eram da biblioteca da Gulbenkian, que parece que já não existe (ou existe mas com um espólio mais específico).
Houve também um amigo, frequentador assíduo do Hot Club, que me facultou algum material - nomeadamente gravações preciosas.
Também já fui ler os links que aqui deixou; gostei da informação mais precisa sobre a questão das tonalidades.
Reobrigada e votos de uma boa semana
Bom...nem sei o que dizer!:)
...Como numa semana o tema se desenvolveu e de um post com um texto da Natália Correia sobre Jazz viemos todos convergir aqui!
Belo!
Interessantissimo o apontamento da Tia Adoptada sobre a etimologia do Jazz, que vem de encontro à escrita de Natália Correia, sobre o tema...pelo menos eu sinto alguma conexão...
Um beijo, boa semana!
PS_Semana de Diana Krall entre nós!
Muito obrigada, Alien !
Uma excelente semana com abraço
tem razão, Vanda, esta lá tudo, no texto de Natália; isso é jazz
Tia adoptada,
Não há razões para embaraço :)
O texto está óptimo e encaixa perfeitamente no post.
Também achei fascinante a questão das tonalidades. E o texto da Natália Correia, com o qual a Vanda começou tudo isto, é, realmente, "jazz"!
Boa semana para si.
Vanda,
Foste tu a culpada :)))
Tu é que começaste tudo isto, com jazz e mais blues... a coisa estava a pedir continuação, e foi longe.
Merecias que fosse.
E, se fizeres outro post sobre o tema, passo-te logo a bola :)
Boa semana e um beijo.
Lizzie,
Obrigado eu pela "sequência"!
Boa semana e um abraço.
Alien
Como diz Mia Couto, as ideias andam por aí...eu apenas segui a minha vontade de aprender um pouco mais :)
Ai :))
...confesso que era guarda redes de andebol e que até me orgulhava de defender bem umas bolas :-D mas...convenhamos que lá vão uns anitos (muitooooos) por isso espero apanha-la (ou que ela me apanhe) numa posição favorável :)
Mas "poe-te em guarda" que já tenho uma proxima fisgada ;)
All night loooong :)
eheheheh (pista falsa)
Beijo
Vanda,
Guarda-redes de andebol? Ehehehehe, eu ainda treinei isso, mas era atacante (ponta), e foi por pouco tempo... sempre gostei mais de futebol e de ténis de mesa.
Mas eu passo-te a bola devagarinho. Devagarinho, mas com muito efeito :)))
Já estou em guarda, a ver de onde é que ela vem a seguir... que isto de pistas falsas é terrível. O coveiro que o diga... (esta é críptica, ou nem por isso?).
Um beijo.
Alien,
As bolas de tenis de mesa com muito efeito são terrives de apanhar :)
Ping pong lá se vai uma mão de pontos :)
Coveiros? são lá horas... de coveiros e de detectives :)
Mas na casa dos horrores o lema do coveiro é: todos merecem uma segunda chance.
-assim se perpetua o horror :)
E agora?
Vanda,
Disseste-me "põ-te em guarda", o que logo me lembrou isto:
Balada da Rita (Sérgio Godinho)
Balada da Rita
Disseram-me um dia Rita põe-te em guarda
aviso-te, a vida é dura põe-te em guarda
cerra os dois punhos e andou põe-te em guarda
eu disse adeus à desdita
e lancei mãos à aventura
e ainda aqui está quem falou
Galguei caminhos de ferro (põe-te em guarda)
palmilhei ruas à fome (põe-te em guarda)
dormi em bancos à chuva (põe-te em guarda)
e a solidão não erra
se ao chamá-la o seu nome
me vai que nem uma luva
Andei com homens de faca (põe-te em guarda)
vivi com homens safados (põe-te em guarda)
morei com homens de briga (põe-te em guarda)
uns acabaram de maca
e outros ainda mais deitados
o coveiro que o diga
O coveiro que o diga
quantas vezes se apoiou na enxada
e o coração que o conte
quantas vezes já bateu p´ra nada
E um dia de tanto andar (põe-te em guarda)
eu vi-me exausta e exangue (põe-te em guarda)
entre um berço e um caixão (põe-te em guarda)
mas quem tratou de me amar
soube estancar o meu sangue
e soube erguer-me do chão
Veio a fama e veio a glória (põe-te em guarda)
passaram-me de ombro em ombro (põe-te em guarda)
encheram-me de flores o quarto (põe-te em guarda)
mas é sempre a mesma história
depois do primeiro assombro
logo o corpo fica farto
Andei com homems de faca... etc.
Quanto à tua casa de horrores e respectivo coveiro... não me ocorre nada.
Beijinho.
Ah:)
A minha do poe-te em guarda :) era realmente "plagiada" do sergio godinho:) aliás, gosto muito dessa música e também daquela "hoje é o primeiro dia para o resto da tua vida" :) Mas como era tão obvio, julguei que me estivesses a trocar as voltas (jogos de palavras) e na net ao acaso escrevi "coveiro pistas falsas" ora bem :-D fui ter ao jogo do detective :) e um dos foruns onde se joga é o House of Horrors :) onde tambem entra um coveiro :-D daí a minha resposta incredula e meia pasmada: e agora?
Aliás, experimenta tu a mesma busca e vê com os teus proprios olhos as regras do jogo do detective :) cada personagem tem um lema e uma função...(achei-o racista, daí a piada do horror perpetuo).
Então ao som do Sergio Godinho, aqui fica o meu muto obrigada pelo premio e um beijinho!
Alien :))
e escusas de me adular com musicas do SG porque não te digo para já o que ando a arquitectar para um dos próximos posts :) e para o qual... claro!!!! vou contar contigo :)
:)))
Vanda,
Eu só pergunto coisas fáceis hehehehe! Já sabia que ias acertar, daí o "nem por isso" no fim...
Também gosto muito da outra música. E ainda de variadíssimas outras, a começar pelo "Espectáculo", continuando com o "Cuidado com as Imitações" e acabando, tudo isto como exemplo, com "O Homem dos Sete Instrumentos"...
Ah, e aquela maravilha que se chama "Espalhem a notícia"!
Enquanto espero pela pancada do teu próximo post, vou ver se acho alguma piada ao tal jogo de que falas... :)
Beijos.
" O homem dos sete instrumentos" parece-me bem :))
E mais não digo :)
Vanda,
Nem precisas. Já vi tudo :P
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