Chegamos agora ao sétimo ano do dito, e a minha perspectiva continua idêntica, e cada vez mais justificada, no meu modo de ver, pelos factos que todos os dias nos tomam de assalto.
Por isso, e sem mais comentários, aqui o deixo:
1000 N & 1
Os pirilampos atacam na Avenida
No braço esquerdo da Torre a chuva arde
A Oriente há um degrau onde o sol chora
A decadência dos ferros de engomar
Que já nada é como dantes pensa o búzio
De olhar ausente nas feridas da seara
E um gelado lambe à luz dos Continentes
Botões e teclas e carros e mais carros
Em carrossel onde os sonhos se desdizem
Dos ecrãs seminaristas cospem mar
E aquele ali com a gravata às utopias
Ri-se gatilho na tecnodiscoteca
Que amanhã sim encontraremos rimas
Quando já só nos sobrar uma palavra