E um poema para a Lola, com um beijo, porque este ano começou bem e vai continuar ainda melhor :)
Mais do que gastas, estão ocas as palavras,
Ricocheteiam, riem-se de mim,
Secam-me os lábios, estalam-me no peito.
Abro os braços de impotência e de ternura,
Fecho os olhos, procuro... e sinto o sal
Marcando a ferro quente um rosto estranho,
Um eu que não sou eu nem sei quem é,
E seja quem for, que importa? Nada importa
Até que do silêncio obscuro a tua voz
Me envolve o corpo em música de luz,
Da poeira nascem minúsculas estrelas
E eu estendo os braços, alcanço-te e respiro,
E em ti me sei, me reconheço, vivo.