Podem chamar-lhe golpe de Estado, Revolução, golpe de Estado que passou a Revolução, Revolução incompleta ou traída, o que quiserem – os factos serão sempre os mesmos.
    Quem me faz companhia neste espaço conhece perfeitamente o que era o ANTES e o que foi, e é, o DEPOIS. Por isso, dispenso-me de enumerar factos e mudanças, avanços e recuos.
    Em vez disso, apetece-me HOJE, dia em que se cumpre mais um aniversário do 25 de Abril, pensar (e convidar-vos a pensar) no que será o AMANHÃ.  Esta questão levanta uma série de perguntas que não posso deixar de fazer. Assim, por exemplo:
    - A democracia em que vivemos tem conteúdo real? 
    - A justiça social está a ser, de facto, construída?
    -  Estamos a dar o nosso melhor ao país que é o nosso? Estamos, ao menos, a dar “qualquer coisinha”?
    - A economia portuguesa é saudável? Viável? Está a caminho do crescimento, ou do abismo?
    - A corrupção e as fraudes financeiras de toda a ordem são fenómenos passageiros?
    - Estamos, como sociedade, mais preocupados com a solidariedade ou com o individualismo, ou seja, com as nossas próprias pessoas e bens? E como pessoas, como indivíduos, o que nos preocupa?
    - Aonde nos conduzirá (e aos nossos filhos, e aos filhos dos nossos filhos...) o caminho que estamos a seguir?
    - Em que lugar nos inserimos no espaço europeu e na “aldeia global” de que tanto se fala? E onde queremos inserir-nos?
     
Chega de perguntas. De acordo com a reflexão de cada um, que cada um actue para conseguir a mudança que achar conveniente. Que actue muito, pouco, o que puder e quiser, se o achar necessário. Que o faça pelas inúmeras formas possíveis.  
     
Por mim, estou convencido de duas coisas essenciais:
     
- A mudança é necessária e urgente.
    - Somos perfeitamente capazes de a assumir e de a concretizar, por muito que não dependa apenas de nós. 
   
    
A todos, um bom 25 de Abril.