Mas tudo tem os seus limites, e o que agora vos conto ultrapassa-os a todos, mas de largo.
Tenho que desabafar já: O Prémio, o meu tão precioso e justo prémio, desapareceu!
Parece-me óbvio que foi roubado: Nenhuma outra explicação se enquadra na única e singular pista que encontrei, ali ao lado direito, no lugar do galardão, da dedicatória e dos arautos com as suas trombetas, misteriosamente subtraídos à minha e, digamos, também à vossa contemplação.
Apesar de ter ficado em estado de choque, ainda tive discernimento suficiente para eliminar imediatamente as linhas provocatórias e insultuosas que o perpetrador (ou perpetradora?) ousou deixar no lugar do que maldosamente escamoteou. Ah, mas isto não fica assim!

Li, reli e voltei a reler este lamentável simulacro de texto, gravado em pedra marmoreada na fútil intenção de o tornar perene. Arranquei-o de um fôlego, com as últimas forças que me restavam antes que a verdadeira dimensão do acontecimento se abatesse sobre mim.
Mais calmo, considerei-o atentamente, reflecti, indaguei, investiguei, imaginei, desesperei. Nada!
A pista é críptica. E, no entanto, algo me diz que quem cometeu o crime deixou na pedra a sua marca. Talvez sem se aperceber, ou porventura com cínica intenção (quem o saberá?), mas sinto que a deixou, e que essa "assinatura" levará inevitavelmente à sua identificação e castigo.
Peço a vossa ajuda. A insanidade apodera-se da minha mente, não vejo senão letras dançando e rindo-se dos meus olhos cansados. Alguém aqui poderá ajudar-me a descobrir QUEM FOI o autor ou autora da façanha?
A vossa colaboração será, também o sinto, fundamental! Por favor, leiam, investiguem, aventem hipóteses, AJUDEM-ME!!! A caixa de comentários deste post é toda vossa. Eu... eu fico à espera de que alguém faça LUZ.
CONTINUAÇÃO