Aliencake

Foi numa tarde de sábado, de encontros, reencontros e desencontros, de estreia literária e café, tudo prolongado em noite, jantar e mais café, ficando no entanto curto o tempo. De súbito, aparece-me pela frente um bolo com a minha cara. Um bolo com rosto de Alien. Olhei-o uma e outra vez, e só não me belisquei porque dói um bocado, convenhamos. Mesmo a aliens. As pessoas cantavam os parabéns e batiam palmas, eu ouvia e agradecia, mas mal tirava os olhos do bolo. Fizeram-me pegar nele com uma mão, perante a apreensão de alguns circunstantes, e conduzi-lo, ou deixar que me conduzisse, à mesa improvisada. Vivendo desde sempre em terrível dúvida sobre a minha origem e condição, houve um instante luminoso em que tudo se revelou. "Sou um bolo, afinal sou um bolo!" - exclamei para mim mesmo, entre alguma perplexidade e o alívio de uma certeza há muito tempo aguardada. Foi sol de pouca dura. Lá tive que partir o bolo. Lá tive que me cortar à faca em fatias que rapidamente desapareceram. Ao que parece, estava bom, eu. O facto é que, apesar disso, ainda estou vivo. Não serei, então, um bolo? Serei apenas a recordação dele? Felizmente, a fotógrafa estava lá. Serei assim talvez a fotografia de um bolo. Há piores destinos. Há piores fins de tarde-noite de sábados de lançamentos de livros, encontros, reencontros, desencontros, jantares, cafés, aniversários e ainda mais. Muito, muito piores, garanto-vos.

4 de abr. de 2009

Aproxima-se a Páscoa... é um pretexto como qualquer outro...

A fonte e a autoria desta receita, que me parece... enfim... de experimentar JÁ, vão indicadas no fim do post.


Anho da Festa de S. João (O S. João ainda vem longe, mas isto deve ser bem melhor do que o Cordeiro Pascal, por isso...)


Ingredientes

* 1 anho

* 400 gr de cebola
* 5 dl de vinho branco
* 1 colher de sopa de colorau
* 1 colher de chá de pimenta branca
* 4 dentes de alho esmagados
* sal grosso
* 4 folhas de louro
* 100 gr de salpicão
*100 gr de toucinho
*100 gr de chouriço de carne
* 2 kg de grelos
* 600 gr de arroz
* 3 kg de batatinhas novas pequenas
* 2 cenouras médias
* 200 gr de banha
* 3 dl de azeite




Confecção:

Depois de cortado o anho, tempere com o sal, pimenta, o vinho branco, os alhos, as folhas de louro e o colorau e deixe marinar de um dia para o outro.
Retire da marinada e barre com a banha de porco no tabuleiro de ir ao forno.
Coloque 2 cebolas e as cenouras cortadas em rodelas.
Leve ao forno durante uma hora a 200 graus e vá virando para que fique louro de todos os lados.
Regue com a marinada, junte as batatinhas e deixe cozinhar mais 30 minutos.
Leve ao lume, numa panela, 3 lt. de água com a restante cebola, o salpicão, o chouriço e o toucinho, a cabeça e o cachaço do anho, tempere de sal e pimenta e deixe cozer cerca de 1 hora.
Retire as carnes, corte os enchidos em rodelas e o toucinho em tiras, deite fora o cachaço e a cabeça.
Junte então o arroz ao caldo a ferver e coloque num alguidar de ir ao forno.
Enfeite com as rodelas e as tiras de toucinho e leve ao forno durante 30 minutos.
Sirva o anho acompanhada com os grelos cozidos e salteados em azeite e alho, as batatinhas e o arroz de forno no alguidar.


Fonte: Câmara Municipal do Porto - Turismo
Autor: Chef Hélio Loureiro


Bom apetite! E biba a Inbicta, carago!


Citação do dia: "E sobremesa? Não se arranja um semi-frio?" (Lizzie).
Hmmm... será que se arranja?


A resposta da Prof:



Está a chegar a época dos figos lampos.

Cortam-se os figos em oitavos (quartos na verical, divididos ao meio, na horizontal)- sem pele, se esta for muito grossa.
Numa taça, mistura-se iogurte magro, natural, com natas ( a dosagem fica ao critério de cada um(a).
Deita-se uma camada de figos; cobre-se com a mistura de iogurte e nata, polvilha-se com açúcar amarelo.
Repete-se a operação, as vezes necessárias até acabar os ingredientes; a quantidade destes, depende do número de convivas.
Vai ao frigorífico a arrefecer.


A resposta do Legível:



Arroz doce bem legível:

A) Ingredientes:

.Arroz que encha uma chávena almoçadeira das mais pequenas.
.1 litro de leite.
.200 gramas de açúcar.
.Casca de limão.
.4 ovos.
.Canela.

B) Execução:

.Depois do arroz ferver (de preferência em tacho de barro e sem esquecer a casaca do limão*) e bem aberto, juntar o leite (previamente fervido) e o açúcar.
.Em lume brando, ir mexendo (com colher de madeira de preferência) até ficar consistente.
.Juntar "em pingo" e ir mexendo bem, as quatro gemas dos ovos, batidas previamente, até o arroz ganhar a cor amarelada por inteiro.

.Sem deixar arrefecer, distribuir o arroz em pires e polvilhá-lo com a canela ao gosto artístico de cada um. Nesta quadra, costumo desenhar (com o bico do adaptador da canela**) cordeiros e amêndoas. Para os menos habilidosos sugiro os dizeres "Uma doce Páscoa na Companhia de Quem Mais Gostarem".

*A casca do limão e não a casaca, que nestes casos o limão está vestido o mais casual possível...

**Os virtuosos do futebol acham que é com o peito do pé. Quem sou eu para os contrariar...

OBRIGADO A AMBOS! E PARECE QUE AINDA VAI HAVER MAIS...




Pois vai. Faltava cá o vinho, e eis que a Arabica passou do café ao Reguengos Reserva
2002 tinto. Obrigado! Vem a calhar, que já estava com uma certa sede.

OOPS! A primeira pessoa a falar em vinhos foi a MJF, e esqueci-me completamente de aqui pôr a sugestão que deu, conforme prometi. Com as minhas desculpas, e o meu agradecimento, fica a sugestão do Alvarinho!