Conforme prometido, e porque uma boa mesa é sempre um excelente meio de comemoração e convívio, celebrarei a data com, adivinharam, uma receita. A que a Lola ofereceu como sugestão de acompanhamento ao último prato de legumes e que, creio eu, vale por si mesma, com ou sem os ditos, consoante as preferências. Sem mais delongas, vamos ao que interessa:
Tornedó com molho de pimenta e etc... (Tournedos para os francófilos)
Ingredientes:
30 g de pimenta grossa, também pode ser pimenta verde fresca
100 ml de cognac/ whisky
300 ml de caldo de carne
100 ml de natas
4 tornedós com cerca de 130 g cada
Preparação:
Coloque numa panela a pimenta grossa e deixe aquecer cerca de 1 minuto a lume brando sem deixar queimar. Partir aos pedaços a pimenta.
Acrescente o cognac à pimenta e deixe ferver entre 1 a 2 minutos até evaporar. Incorpore o caldo de carne e deixe ferver durante 5 minutos aproximadamente até o líquido reduzir para um quarto.
Acrescente as natas e deixe reduzir o molho (lume forte) até ficar espesso e cobrir as costas de uma colher. Colocar sal e pimenta q.b.. Durante a preparação do molho, grelhar os tornedós.
Estamos, pois, servidos. Bom apetite! Como sempre, agradeço sugestões para acompanhamento (além dos tais legumes gratinados), vinho, sobremesa... o que vos parecer.

Assim começou o "Título Qualquer Serve" (Podem ver Aqui o primeiro post.)
Um mês depois, expliquei assim o título do "Título": Este blog chama-se, talvez provisoriamente, Título Qualquer Serve. Por causa de Irene Lisboa, uma escritora infelizmente pouco falada - ou menos do que merece, creio. "Título qualquer serve para novelas e noveletas" - eis a obra a que roubei o actual título do blog. (...)
Da Arabica:
"Eu trago o café. :)
Com ou sem cafeína. :)
Chávenas cheias ou à "italiana".
Não importa, trago café. :)"
Da Lola : "Vou pensar na sobremesa". (Já é um começo... não esquecendo que foi ela quem ofereceu a receita do tornedó:)
27 comentários:
Pois que título qualquer serve para o encontro, tal como para os tournedos, deliciosos até à vista desarmada, como afinal, resultaram as tertúlias, dos que, efeméride a efeméride continuam presentes por aqui.
Só pode tratar-se de boa terra a que permite pegar de estaca. E bem trabalhada por ti, a quem cabem os louros e os parabéns.
Aqui fica, pois, um abraço
pelo 4ºaniversário. E venham mais cinco. :))
Para já os meus sinceros parabéns!
A vida tem muitas surpresas: nunca pensei entrar em contacto com um extraterreste e muito menos sentar-me à mesa com ele, sobretudo quando tem cor verde entre a alface e a couve penca acabada de colher.
Tal bizarra situação, obriga-me a não me distrair: corre-se o risco de lhe espetar o garfo!
Vou-me sentar nesta mesa já que sou ecuménica. Mas para contrariar o espírito FRANCÓFILO, a que sou genéticamente adversa, vou trazer um anglófilo doce de gengibre e um hispãnico churro recheado de creme de puro cacau e rum.Ou roscón de reyes. Farei uma aliança contra farnciuses comendo, de uma só vez, um frasco de pikles à vossa frente.
Não sei porque é que, mas talvez suspeite,muitos bons escritores portugueses estão metidos no fundo da prateleira. E bons pintores. E bons artistas em geral. Ás vezes dá impressão que as passarelles Primavera-Verão, Outono-Inverno, também chegam às artes.
Não se deu destaque suficiente a Vera Castro, excelente figurinista desaparecida esta semana. Vá lá que a Madalena Vitorino, coreógrafa, recebeu um prémio. Toquem trombetas.
E prontoS, um grane abraço.
Parabéns sinceros pelo modo como vais jardinando este local de convívio. Para a festa de hoje comprometo-me a levar um champanhe para brindarmos ao futuro!
Abraço amigo:))
Errata distraída e omissa de atenção:
onde se lê farnciuses deve ler-se Franciuses;
trombetas ou trompetas?
(en castellano son trompetas)
Grande em vez de grane (grano? granel?)
Eu trago o café. :)
Com ou sem cafeína. :)
Chávenas cheias ou à "italiana".
Não importa, trago café. :)
E sim, é verdade Lizzie, muitos dos bons deste país continuam escondidos nos fundos de gavetas ou mesmo em cozinhas anónimas.
Há que os descobrir e tirá-los dessa invisibilidade.
Está na hora da dose de xarope, aí vou eu ficar em Zen. :)
Abraços
Verde:
A minha alma não tem nada contra o champanhe francês.Os meus dedos conseguem ser mestres e discretos na arte de tirar a rolha. O meu fígado, infelizmente, e talvez por ser parte orgãnica da família das vísceras, é que tem. Nem sequer refila: dá gritos que provocam cefaleias.
De tulipe na mão, armo-me, assim, em enjoada e romãntica dama inglesa: molho apenas os lábios.
Que a Justine me perdoe, mas mais fica para os restantes comensais.
Também posso botar na mesa esta extraordinária e inconfundível manteiga inglesa, cujo qual pacote me ofereceram ontem após aterragem. Não sei se conhecem, mas é diferente da continental.
Abraço
Alien,
Parabéns!
candy is dandy...
Vou pensar na sobremesa:)))
Se quiseres eu tenho a fotografia do tournedos original :)))
beijinhos
Por lapso, coño, só agora é que reparei, ...the third..., sou eu, Lizzie, the third, of course:))
Bom fim de semana.
( o dia está mesmo a pedir um chá de jasmim quentinho e aromático)
Muitos parabéns pelo aniversário e que faças muitos mais:)
E agora sim, é comida de gente! lololol
Beijos
uhm que bom aspecto =)
Para além dos habituais parabéns e coisas e tais, estás a por-me xcom fome. Raio de ideia a minha de aparecer a esta hora, quando o almoço está longe e o jantar tão distante.
E...
Com que então caiu na asneira
de fazer na quinta-feira
todos esses anos! Que tolo!
Ainda se os desfizesse...
Mas fazê-los não parece
de quem tem muito miolo!
Não sei quem foi que me disse
que fez a mesma tolice,
aqui em Janeiro passado...
Agora, o que vem, aposto,
como lhe tomou o gosto,
que faz o mesmo. Coitado!
Não faça tal; porque os anos
que nos trazem? Desenganos
que fazem a gente velho;
faça outra coisa; que, em suma,
não fazer coisa nenhuma,
também lhe não aconselho.
Mas anos, não caia nessa!
Olhe que a gente começa
às vezes por brincadeira,
mas depois, se se habitua,
já não tem vontade sua,
e fá-los, queira ou não queira!
Arabica,
Obrigado pelas palavras e pela companhia. Que venham, sim!
Um abraço.
Lizzie,
Os meus agradecimentos também pelas palavras e pela companhia. E pela colaboração gastronómica, já se vê!
Trompete e trombeta. No caso da foto, parecem-me clarins. Com Clarim, toca a lavar :)
Quanto ao Verde, remeto-te para Lorca. E pronto.
Manteiga inglesa diferente da continental? Surprise, surprise! :))) "Faz muito nevoeiro. O continente está isolado." :D
Ah, e se não me tivesses esclarecido quanto à identidade de ...the third..., jamais teria adivinhado hehehehehe! Pergunto-me... não, o melhor é nem me perguntar nada :)
Um abraço.
Justine,
Agradecido pelo champanhe (fundamental!) e por tudo o mais.
É bom ter-vos aqui aos quatro :)
Um abraço para ti.
Arabica (novamente),
Grande ideia e grande café. Também imprescindível. Outra vez obrigado!
Lola,
"... but liquor is quicker". Pois então não é? Eheheh!E a sobremesa, fica-se pelo pensamento? :)
Beijinhos.
Wind,
Obrigado. Sem desfazer na ementa anterior, que tem muitos apreciadores, viva o tornedó!
Catpad,
Serve-te à vontade. Obrigado pela visita, volta sempre que quiseres.
Teresa,
Quem te manda aparecer por aqui de barriga vazia? Já devias saber... hehehe! Muito obrigado pela adaptação do poeminha de João de Deus (olha quem!) e, sobretudo, por te teres lembrado de o pôr aqui. Se calhar era uma crítica ao facto de eu ter assinalado o aniversário do blog... Era, não era? Bem sei que não gostas dessas e outras "mariquices" looooooool. Não faz mal, ficas sem jantar! Hehehe!
A sério, gostei muito da tua contribuição. Obrigado!
E um beijo, pois.
Caro companheiro Alien muitos parabéns, 4 anos é obra, pois quem pensa que manter um blog é fácil engana-se, principalmente se for um blog com conteúdos interessantes como o teu!!!!
Grande jornada sim senhor tendo em conta que os blogs em média sobrevivem 2 anos, o meu amigo já vai no dobro...
Tornedó, uma delicia sem dúvida, aquele abraço :-)
Caro Mocho, fico-te muito agradecido. E também pela companhia que me tens feito, aqui e no teu belo canto.
Um abraço e um bom fim de semana.
Alien:
com as sovas de jazz e de instrumentos de sopro que levei na infãncia e que tenho pendurados, por herança, no sotão da minha morada (ai, meu Deus, tanto saxofone, tanto clarinete...:), diria que os instrumentos acima são trombones, modalidade séc. XV, utilizados em cerimónias reais e afins.
A mim o clarim,que também tenho,parece-me coisa mais curta e sem pistons, utilizado para fins de quartel.
Por acaso o meu avô paterno utilizava-o quando queria aborrecer alguém ou quando a mulher ficava "sem palavra" e eram horas de jantar:))
Mas posso estar enganada que quando aquelas criaturas botavam conversa de instrumento era tal a confusão que, às tantas, uma leiga sacrificada, já confundia um oboé com uma flauta transversa:))
Ai, o que eu penei...:)
Quanto à manteiga inglesa, pois que à semelhança de alguma dela manchega, é feita de leite de vaca e cabra, ou exclusivamente de cabra. A inglesa leva uma erva de que não sei o nome, dada a minha pouca habilidade para a gastronomia.
Daí o sabor diferente. E a textura.
A escocesa também tem diferenças talvez por o pasto ser aos quadrados:))
Um abraço e boa semana.
Lizzie,
Tens toda a razão. A minha vista anda tão boa que nem tinha reparado nos "#%%$&/?)(&#" pistons! O comprimento, pois, também é verdade, os clarins são mais curtos.
Obrigado pelo esclarecimento acerca da manteiga inglesa. Mas sabes como é, só mesmo provando :)
Boa semana, um abraço.
Eu...eu... não passei, não vi, não reparei. Mas sabes que não sendo dada a efemérides e discursos... quand-même
não vos esqueço. A minha memória visual funciona assim: sítio onde entre e goste...volto; estou perdoada?
Das tertúlias e comezainas, às dicas cantantes, à poesia tão fluída como uma "boa vida", à felicidade descomprometida (que falta nos faze...), aos gatos familiares, ao sorriso, ao trabalho e à boa amizade. Brindo!
Beijos e abraços para ambos, que a voz (e a net) nos não falhe e a verve se ilumine.
Bettips, obrigado, um abraço!
... sem pimenta, o torne(dó) fica digno de pena. Por isso já copiei a receita e passeia-a à minha cozinheira franceza (a Monique) que nunca fez nada parecido (a especialidade dela são os ovos mexidos como prato principal e uvas salteadas na sobremesa, que é precisamente onde ela as coloca depois de muito bem lavadas. Uva sim, uva não. Um mimo!) e terá aqui a sua prova de fogo ao meu serviço. Se o tornedó não estiver a meu gosto, vai pelo mesmo caminho que o mordomo e o motorista. Podem os três trabalhar para o meu vizinho Gastão que não se importa nada que os empregados o tratem por tu e comam com ele à mesa. Maus costumes democráticos, é o que é...
Bom, vou andando, que é como quem diz: vou jogar uma partida de snooker com a minha sobrinha Adozinda que é a única a quem consigo ganhar nesse maldito jogo com paus e bolas.
abraço.
Legível,
E vivam a pimenta e a Monique das uvas :)
Um abraço.
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