O Primeiro de Maio. Hoje, como em 1974, no Porto como em qualquer outra cidade.
Hoje mais do que nunca, em Portugal.
Giestas, maias, maios, a festa do povo e da vida.
Cada vez mais longínqua, cada vez mais necessária...
Para que o Dia da Mãe faça sentido.
Para todas as Mães.
11 comentários:
Pois, Alien, pelo lado histórico e afectivo, são dias que deviam ser abrangentes e quer um quer outro nem deviam ter "um dia".
Deve-se respeito e dignidade a quem mereça ser respeitado e dignificado.
Mas, agora referindo-me a Portugal e também ao teu post de baixo sempre te conto como no outro dia me caíriam os queixos se não estivessem presos. Tal é o estado da nação:
fui a uma reunião, com mais trinta,contei-os, com um senhor secretário de estado.
Pessoa importante como parece que o ilustre cargo obriga.
Antes de entrar, todos, por acaso muito mais importantes que eu, botaram discurso contra determinada ideia do referido senhor ou lá de quem seja tal absurdo irrealista e fictício nunca visto em parte alguma onde há pobreza e outros atrasos na civilização.
Quando entraram e lhes foi pedido parecer, ai Jesus Sr. Dr. concerteza, que grande ideia! Ficaremos à frente na Europa. Vénias e mesuras, palavras caras e modernas, tudo muito "contextualizado", "estruturado", "mapeado", "objectivado" e outros "ados" que agora não me ocorrem.
Só três pessoas, em trinta e uma, discordaram: uma de formação católica e de direita, outro de extremo marxismo e eu que não sou nem uma coisa nem outra.
Mas estávamos todos de acordo na essência.
E havemos de pagar o preço da discórdia.Já vamos começando a pagar porque o que vemos por aí não é o que existe, não senhor.
E depois à saída, voltaram todos a discordar, já o importante, representante do autoritário Pai da Nação, tinha ido para outros afazeres de agenda e não estava ali para ouvir.
E pensei cá para mim que o pior dos atrasos é o consentido. O fado da cegueira e da obediência. Como se houvesse um pensamento em eterno estado larvar.
Pensei que os tais vinte e oito, hão-de concordar e bater o pézinho, qualquer que seja a música. Desde que o ritmo seja ensurdecedor.
Confesso, com tristeza que, apesar de tudo e de também não ser o paraíso, me souberam muito bem uns dias em Espanha onde, infelizmente, encontrei quarenta desorientados portugueses, muito novinhos, com esperança de ter emprego.
Custou-me avisá-los que não sou, apesar da imponência da idade e da experiência, a versão feminina e individualizada do D. Sebastião.
Grande abraço para os dois. Como sempre e sem dias.
E na rua estive, e na rua desfilei - como mulher, como mãe -, para que a vida faça sentido!
Abraço
Porque hei-de ter estado ali, algures, na foto acima. E estou na sensação de mãe e livre-dentro, livre-pensamento.
E assim nos encontramos e encontrámos.
Abraço-vos.
Bettips
Ainda me lembro do meu 1º de Maio às cavalitas do meu pai na Alameda porque era tanta gente que eu não via nada:)
Mãe, enorme esta palavra!:)
Beijos
Mano, não sei porquê mas tenho a sensação de que esses dias são cada vez mais esquecidos. 10 Junho= Praia. Entendes?
Kisses Alienígenas
Lizzie,
Com um atraso vergonhoso, é verdade, mea culpa sem perdão possível, digo-te que assim se "desanda" neste país onde o medo está a ter tudo. Não é o único país onde isso acontece - mas é o meu.
Como não ficar triste?
Resta-nos a coragem de quem sabe dizer não, e a esperança ténue de que o número aumente. De ti sei que o dirás quando preciso for.
Um abraço.
Justine,
E mais vezes desfilaste e desfilarás, porque é preciso, apenas por isso.
Abraços.
Bettips,
Reconheço-te na foto :-)
Talvez te tenha visto por lá!
Um beijo de ambos.
Wind,
Foi assim mesmo! Sorte tua ires às cavalitas!
Um beijo.
ManaDS,
Tens toda a razão, essas datas são cada vez mais esquecidas, e não apenas por causa da praia.
E o resultado é o que se está a ver...
Beijinhos alienígenas.
PARA AS 5 AMIGAS E ILUSTRES COMENTADORAS QUE NÃO DESARMARAM, APESAR DA MINHA AUSÊNCIA: EM BREVE, MUITO EM BREVE, PASSAREI PELOS VOSSOS BLOGUES.
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