Aliencake

Foi numa tarde de sábado, de encontros, reencontros e desencontros, de estreia literária e café, tudo prolongado em noite, jantar e mais café, ficando no entanto curto o tempo. De súbito, aparece-me pela frente um bolo com a minha cara. Um bolo com rosto de Alien. Olhei-o uma e outra vez, e só não me belisquei porque dói um bocado, convenhamos. Mesmo a aliens. As pessoas cantavam os parabéns e batiam palmas, eu ouvia e agradecia, mas mal tirava os olhos do bolo. Fizeram-me pegar nele com uma mão, perante a apreensão de alguns circunstantes, e conduzi-lo, ou deixar que me conduzisse, à mesa improvisada. Vivendo desde sempre em terrível dúvida sobre a minha origem e condição, houve um instante luminoso em que tudo se revelou. "Sou um bolo, afinal sou um bolo!" - exclamei para mim mesmo, entre alguma perplexidade e o alívio de uma certeza há muito tempo aguardada. Foi sol de pouca dura. Lá tive que partir o bolo. Lá tive que me cortar à faca em fatias que rapidamente desapareceram. Ao que parece, estava bom, eu. O facto é que, apesar disso, ainda estou vivo. Não serei, então, um bolo? Serei apenas a recordação dele? Felizmente, a fotógrafa estava lá. Serei assim talvez a fotografia de um bolo. Há piores destinos. Há piores fins de tarde-noite de sábados de lançamentos de livros, encontros, reencontros, desencontros, jantares, cafés, aniversários e ainda mais. Muito, muito piores, garanto-vos.

8 de mar. de 2009

Epílogo do epílogo...

Afazeres inadiáveis impediram-me de mais cedo vos dar conta da sequência da minha conversa telefónica com Poirot. Procurei fazê-lo de forma clara e o mais sucinta possível, mas sem perda do colorido original. Agora que acabei a narrativa, constato que ficou muito mais longa do que desejaria. No entanto, resumir a história tirar-lhe-ia todo o sabor, toda a riqueza e pitoresco do conteúdo, proporcionados pelos protagonistas, entre os quais se contam as minhas comentadoras e os meus comentadores (golpe baixo!) e, evidentemente, a extraordinária personagem que é Hercule Poirot. Portanto, heróicos e hipotéticos leitores, não desistam! :)

* * *
Tinha acabado de tomar o meu café da manhã quando Poirot me bateu à porta. Foi direito ao assunto, apesar do seu reconhecido gosto pelos circunlóquios e explicações teatrais.

- Caro Alien, como lhe disse ontem à noite, o seu raciocínio foi realmente brilhante. Esqueceu-se, porém, da pista que lhe ofereci ao sublinhar a palavra início, associada à inscrição na pedra. Considerando a mensagem do larápio, início de quê? Vou explicar-lhe a forma como abordei a pedra quando a vi aqui em sua casa, no dia em que descobri o autor da façanha. Já agora, sempre acrescento que, dos seus três suspeitos não eliminados, rapidamente percebi qual correspondia perfeitamente ao perfil psicológico adequado à proeza e ao gesto de soberba materializado na gravação feita na pedra e deixada à sua atenção. Porém, isso não me bastava. Perguntei, portanto, a mim próprio se não existiria nesse gesto mais do que uma simples gabarolice, ou tentativa de o humilhar, ou sensação de impunidade... Enfim, se não existiria, digamos, uma prosápia dentro da prosápia. Ao ler o texto, pareceu-me ele um tanto estranho, um tanto forçado. Comecei, por isso, a olhá-lo de outra perspectiva, deixando de lado o sentido das palavras para as considerar em si mesmas, reparando na forma e na disposição. E foi assim que cheguei. E agora pergunto-lhe, referindo-me à pista que lhe deixei: Tendo em conta a inscrição, o que poderia
ser o início?


A primeira palavra? "Ruínas"? Nada nos diz. A primeira linha? Também não é conclusiva, e o mesmo se pode dizer das duas primeiras linhas. Mais do que isso já não pode ser considerado início, não é verdade?
- Concordo, Poirot! Também analisei a inscrição dessa forma, mas não me veio à ideia nada de útil!
- Deveria ter persistido, Alien! Se não se tratava da primeira palavra, nem da primeira linha ou linhas, não poderia ser a primeira letra de cada linha?

- Talvez se surpreenda, caro Poirot, mas também pensei nisso, e cheguei à "palavra" RFEVA. A mim, nada me disse. E a si?
- Também não, claro! E ficou por aí?
- Fiquei, Poirot, desisti, vencido pelo cansaço...
- Pois olhe que o mesmo não aconteceu com a sua amiga Prof! Veja o que ela escreveu num comentário:

"Rumo ao blog
fus
tigada pela curiosidade mas
foi
-se a esperança, lido
o
último post;
la
mento ter de esperar mais um dia. Nem na
dio isto acontecia. E fico à espera e nem
pio!"


E acontece, caro Alien, que Rufus era o meu eleito, e foi também a sua assinatura que encontrei na pedra, quando considerei as primeiras sílabas de cada linha! O resto veio por acréscimo. Conhecendo o mau carácter do General Rufus e a sua manifesta tendência para a charlatanice e para a batota, percebi que poderia muito bem não respeitar a regra das sílabas. Ou então, como afirmou o narrador, ou seja, a sua amiga Teresa, a fluência de Rufus na leitura é muito fraca! E não passa de um gabarola sem limites. Faço aqui uma pequena pausa para lhe lembrar que todas as pessoas que comentaram os seus posts acerca do roubo do prémio lhe deram ajudas preciosas e se inclinaram, de um modo geral, para a culpabilidade do General Rufus.

Poirot encheu o peito de ar e continuou:


Olhando atentamente para as linhas seguintes, eis o que vi (aqui Poirot sacou de um papelinho muito bem dobrado, abriu-o com todo o vagar e pôs-mo diante dos olhos):

"Ru ínas serão em breve o que deste blog restará, a começar pelo estandarte.
Fus
tigado pela cólera dos deuses, o impostor receberá o devido castigo.
Este prémio não é para qualquer ser vindo das profundas, um profano alienígena, um hereje!
Ve rde, ainda por cima! Como é doce o sabor da vingança, e justo ter nas mãos o que mereço!
Aqui o declaro, para quem venha testemunhar a razão da minha ira e rir-se do usurpador."

Estarrecido, considerei a claríssima assinatura do ladrão: "Rufus esteve aqui."

- É notável, Poirot, notável! Foi, então, Rufus...?
- Claro, mon ami, claro! Palavra de Hercule Poirot!


A princípio entusiamei-me com a revelação, mas em breve o meu cepticismo veio ao de cima:


- Mas, Poirot, não poderia ter outra pessoa feito a inscrição e deixado a pedra para incriminar Rufus?

- Ah, mon ami, mas quem, de entre os suspeitos que ficaram, poderia ter cometido tal acto? A Condessa? A sua amiga Teresa Durães? Acha mesmo possível...?
- Na verdade, Poirot, não acho... mas, mesmo assim, faltam aqui provas...


Poirot indignou-se e gesticulou, como que a apontar os alvos do seu desagrado:

- Ah, caro Alien, sempre as provas, os inúteis indiciozinhos materiais, as pontas de cigarro, os copos com restos de bebida e marcas de bâton... e as celulazinhas cinzentas, para que servem? Sim, para quê? - Poirot abriu os braços e prosseguiu: - Mas quer provas? Pois bem, Hercule Poirot lhe dará as provas que tanto aprecia, e ainda algo mais! Tem a sua nave por aqui estacionada?

- Tenho...
- Então vamos, que não há tempo a perder!


Levantámos voo sem demora, e fui seguindo as indicações de Poirot sobre o rumo a tomar.

- Desça aqui! - exclamou o meu amigo, depois de uma olhadela discreta ao relógio de bolso.

Aterrei e escondi a nave entre umas árvores que ali estavam mesmo a calhar. A uns trezentos metros, avistei uma construção de um só piso. Interroguei Poirot com o olhar, mas o meu companheiro de viagem não se descoseu. À medida que nos aproximávamos, cada vez mais estranhava o local, até que, já próximo do edifício, identifiquei nitidamente a placa de um restaurante.

- Poirot? Um restaurante? Aqui é que estão as provas?
- Mais non, mon ami, aqui não!
- Mas... não me disse que não havia tempo a perder?
- Não seja impaciente, Alien, não seja impaciente! Isto é tudo menos perder tempo! Há que respeitar o horário das refeições, e estamos na hora do almoço... e acontece que neste restaurante, perdido no meio de nada, servem o melhor prato de moules et frites que já provei fora da Bélgica!

Já vencido e convencido, confidenciei:

- Não sei se sabe, Poirot, que já tive ocasião de me banquetear com essa deliciosa especialidade, algures nos arredores de Antuérpia!
- Ah, Anvers, mon ami, Anvers! Que saudades!

Apesar de todas as pressas, saboreámos lentamente o petisco, regado por um excelente branco da casa, continuámos com uma fatia de cheesecake e rematámos com um caffè espresso que estava mesmo no ponto. Já mais bem disposto, encaminhei-me para a nave, com Poirot ainda a elogiar a refeição e o chef.

Conhecendo Poirot como conheço, não me dei ao trabalho de lhe perguntar onde me levava, limitando-me uma vez mais a seguir a sua orientação. Não tinham ainda decorrido duas horas de voo quando o meu amigo finalmente falou:

- Ali, Alien, poise o seu veículo ali naquela clareira!

Obedeci e, ao descer, apercebi-me de que nos aproximávamos de um bosque bastante denso. Da clareira partia um único trilho estreito que começámos a percorrer logo que abandonámos a nave. Andámos uns bons quinhentos metros até darmos com uma espécie de muralha - e digo espécie porque me pareceu muitíssimo sofisticada e ostentando grande profusão de elementos decorativos. Para além dela, nada se via. Acercámo-nos de um portão blindado onde se materializaram dois guardas, estranhamente equipados com espadas. Interroguei Poirot com o olhar.

- Caro Alien, eis o acampamento do General Rufus!

Confesso que, nesse momento, senti alguma apreensão, ao contrário da confiança que Poirot parecia revelar. Um dos guardas perguntou-nos quem éramos e ao que íamos. Poirot respondeu sem a mínima hesitação, em tom autoritário:

- Sou Hercule Poirot! Acompanha-me o meu amigo Alien, e pretendemos falar com o General Rufus!

Para minha surpresa, o guarda inclinou-se respeitosamente perante o meu companheiro. Em seguida dispensou-me igual tratamento, e não pude deixar de pensar que, em boa verdade, o nome e a fama de Hercule Poirot chegavam aos lugares mais recônditos e às pessoas menos prováveis...

O portão abriu-se silenciosamente, como se alguém tivesse, do interior, accionado um telecomando - e percebi que o sistema de vigilância não se limitava àqueles dois guardas...

Entrámos, e logo estaquei, mudo de espanto.

Desenho do "acampamento" do General Rufus que compus de memória

- Ac.... acampamento, Poirot? Chama a isto acampamento???

De facto, perante os nossos olhos estendia-se um lugar paradisíaco, um autêntico resort de luxo, com espaços verdes, lagos, pequenas quedas de água, construções de elegantíssima arquitectura, ruas pavimentadas a mármore ou a calçada lusitana - e nem um só elemento militar visível. Ao fundo, um mar sereno, de um azul espantoso. Mas não preciso de me alongar na descrição: A imagem diz tudo!

- Alien, não me surpreende que Rufus tenha trocado a vida austera dos acampamentos militares por este luxo, que creio ser rodeado da maior segurança. Afinal, as chacinas e os saques foram-no enriquecendo, fizeram-no almejar outro estilo de vida, acentuaram a sua natureza vil e corrupta - e aqui tem outro exemplo da sua megalomania... Ou o produto das pilhagens lhe permitiu construír do nada este domínio, ou simplesmente o conquistou pela força das armas. Ah, mas eu já lhas canto!

Mau grado o estado de tensão em que me encontrava, não pude deixar de sorrir perante a prosápia de Poirot e a sua escolha de palavras...

O guarda guiou-nos até àquela que parecia ser a maior construção, uma espécie de pequeno palacete, e pediu-nos que aguardássemos numa sala ricamente mobilada e decorada, onde ficámos a apreciar quadros dignos da melhor galeria de arte.

Decorridos poucos minutos, o General Rufus fez a sua entrada majestosa, acompanhado por um subalterno que imaginámos ser o seu braço-direito.

- Que o traz por cá, Monsieur Poirot?
- A Verdade, General! A Justiça! O castigo do criminoso e a reparação devida à vítima do crime! - declarou solenemente Poirot, com largos gestos à mistura.
- Ora essa, Monsieur! E que tenho eu a ver com isso? - perguntou Rufus em tom altivo.
- Tudo! - retorquiu secamente Poirot. Sei que roubou o Prémio do Melhor Blog Intergaláctico ao meu amigo Alien, aqui presente (só então Rufus se dignou deitar-me um olhar de soslaio) e venho, como lhe disse, clamar por justiça! Suponho que já conhece Monsieur Alien...?
- Ah... um dos Verdes - rosnou o general - ... tenho uma vaga ideia...
- Mais do que vaga, General! - acusou Poirot. - Na verdade, entrou ilegalmente no blog do meu amigo e roubou-lhe o galardão!

A cara de Rufus ficou vermelha de cólera.

- Como se atreve a acusar-me nos meus próprios domínios? Olhe que...

Mas Poirot não o deixou continuar.

- Olhe que, digo-lhe eu, Hercule Poirot nunca fala de cor! Acuso-o, sim, General, porque sei!
- Ah, e sabe como? - perguntou Rufus, cada vez mais encolerizado.

Pormenor da sala onde decorreu a conversa com o General Rufus

O meu amigo levou a mão à algibeira e, num gesto dramático, sacou da pedra gravada e do papelinho que me mostrara nessa mesma manhã, e colocou-os diante dos olhos do General Rufus.

- Foi assim que soube, General. E agora, que tem a dizer? Que se deu à basófia de assinar o roubo como quem assina um quadro? Que foi vencido pela sua vaidade? (A esta última interrogação achei alguma piada...)

A cara de Rufus começou a passar do vermelho ao branco. Gaguejou:

- R... Rufus es... esteve aqui???? -N... n... não ff... fui eu! Não fui eu!
- Foi! - excalmou peremptório o meu amigo. E não adianta negá-lo. O que lhe mostro é prova bastante!

Rufus ia-se recompondo, mas, apesar disso, a sua palidez acentuava-se.

- Monsieur, fala muito e fala de alto, mas não tem provas! Como sabe que algum vulgar bandido não deixou a inscrição com essa frase para me incriminar? Tenho, como sabe, muitos inimigos!

- Et pourtant, - proferiu enfaticamente Poirot - essa assinatura é mesmo sua! É própria da sua personalidade. Mas não percamos mais tempo. Quer provas? Pois saiba que vai dar-me a melhor das provas possíveis: a sua confissão!
- Ora, ora, Monsieur Poirot, por quem me toma? Crê mesmo que eu, General Rufus, confessaria tal acto, mesmo que o tivesse cometido?
- Ah, sim, creio... Sabe, General, é perigoso subestimar Hercule Poirot!

Juntando o gesto às palavras, Poirot voltou a levar a mão ao bolso do sobretudo, e de lá extraíu algo de forma rectangular que não identifiquei, e que colocou frente aos olhos do General. Rufus examinou o objecto e a sua face começou então a adquirir um tom esverdeado - o que, admito, me preocupou um bocadinho...

- Então, General, reconhece alguém nesta fotografia? - perguntou Poirot, com um sorrisinho de triunfo.

Tratava-se, então, de uma fotografia! Rufus olhou-a e vacilou, cada vez mais verde.

- Eu... eu...

(No momento em que vos narro estes factos, tenho na minha posse uma cópia da foto, que Poirot entretanto me cedeu. Por muito que me agradasse publicá-la aqui como testemunho do ocorrido e para vosso divertimento, é evidente que o não posso fazer, sob pena de traír a confiança do meu amigo Poirot e a sua promessa ao General Rufus.)

Poirot prosseguiu, implacável:

- Quem é o sujeito que enverga essa estranha indumentária e, citando uma testemunha presencial, liga na perna, sentado em frente a uma garrafa de whisky quase vazia e, afirma outra testemunha presencial,
acompanhado de duas meninas esbeltas? Quem será, General? E o local, lembra-se do local? Será, e de novo recorro à palavra de quem tudo viu, uma casa de alterne onde passou tempos memoráveis? Então, General, confessa? Ou prefere ver a sua reputação para sempre arruinada, e os seus vícios alvo de chacota pública?

Poirot enfrenta Rufus com cara de poucos amigos

O meu amigo viera, afinal, fortemente armado... e a perturbação do general era evidente. No entanto, com um gesto brusco, arrancou a foto comprometedora das mãos de Poirot e rasgou-a em mil pedaços.

- E agora, Monsieur, que é feito da sua arma? Queria chantagear-me? Menosprezou Rufus - e isso, sim, é perigoso!
- Já vamos ver quem menosprezou quem, General. Saiba que, neste preciso momento, o meu amigo Capitão Hastings tem na sua posse uma dúzia de cópias da fotografia que destruiu, com instruções expressas para as enviar à Imprensa, a começar pelo Times, caso eu, Hercule Poirot, não me encontre com ele, são e salvo, dentro de duas horas, em local que combinámos! Saiba também que não tenho forma de comunicar com Hastings, pelo que seria inútil concretizar a ideia que passa neste instante pela sua torpe cabeça: Torturar-me!

Poirot pôs-se em bicos de pés.

- Confessa ou não?
- Eu... eu... Pronto, eu confesso! - sibilou Rufus, vencido. E agora saia dos meus domínios!
- Mais non, General! A sua confissão talvez baste ao meu amigo Alien, que tanto queria as provas (Poirot deitou-me um olhar de esguelha) - mas, para mim, não é suficiente!
- Que mais quer, então? - gritou Rufus, quase alucinado.
- Como lhe disse, vim aqui em busca da Verdade. Já a temos. Mas também o avisei de que vinha igualmente pela Justiça, pela reparação do dano causado ao meu amigo Alien e pelo castigo do criminoso. Assim sendo, exijo-lhe que, aqui e agora, devolva a Monsieur Alien o que lhe roubou! Ou isso ou a foto vai...
- Muito bem, Monsieur. Ganhou. Por agora.

O general dirigiu-se aio seu presumível braço-direito:

- Sem Nome, traz-me aquilo que te dei a guardar!

Sem Nome desapareceu nas entranhas do palacete. Após alguns segundos de hesitação, Rufus perguntou a Poirot:

- Como obteve essa fotografia?

- Ah, General, é bem certo que os pecados antigos projectam longas sombras! Acontece que este seu pecado nem sequer foi muito antigo. Eu explico-lhe - Poirot esfregou as mãos e lançou-se num discurso que me ia deixando cada vez mais atónito:

- Há apenas algumas semanas, um interessante grupo reuniu-se à volta de uma mesa do Mini Bar Boca de Pano
.

Dele faziam parte a Senhora Dona Teresa Durães, acompanhada pelo Sr. Narrador, por uma Caturra que lhe poisava no ombro, pela D. Ingrácia e marido e pela Senhora Condessa D'Aqui e D'Além; a Senhora Dona Lizzie, que não largava da mão um pato de plástico branco e conversava animadamente com a Senhora Dona Lili Malveira e com o Sr. Engº. Phil Collins da Conceição; o compadre Manel das Cabras Ruivas, que não largava da vista a Dona Lizete das limpezas e a copeira Ofélia, enquanto trocava pilhérias com o compadre Zé Zarolhe; a Professora Prof, em animada cavaqueira com a menina Andreia Vanessa e a Madame de La Palissa; a Senhora Dona Bettips, o Sr. Legível e a sua Ovelha Anónima, a Senhora Dona AlienDS; a Senhora Dona Wind, o Sr. Spartakus, a Senhora Dona Justine e o Sr. Mocho Falante; a Senhora Dona Emma Larbos, a Senhora Dona Mariatuché, a menina Beatriz, uma Senhora soit-disant Coxa e Marreca, a Professora Mar, a Professora Rosalina, a Senhora Dona Arabica Das Perguntas Difíceis e a E.T. Senhora Dona Lola; as poetisas Afonsa Lapa da Videira e Luísa dos Camiões, rodeadas pelo dramaturgo Gil Vicente e pelos poetas José Régio, Augusto Gil, Bocage, Fernando Pessoa, António Aleixo e Mário de Sá-Carneiro; os elementos de um grupo coral alentejano que volta e meia desatavam a cantar "Eu ouvi um passarinhôôôô..."; o gato Alá - e que me perdoe alguém que de momento não me ocorra. Lá do alto, velavam pelo estranho grupo Santa Lizzie (de evidente origem!) e S. Miguel Arcanjo, convocado pela já citada Senhora Dona Emma Larbos. A conversa ia animada, uns atiravam-se às minis e aos salgadinhos, outros ao vinho quente com canela, enfim, uma autêntica festa! Ora acontece que, paredes meias com o Mini Bar, funciona uma discreta casa de alterne, facto que - quero crer! - aquela distinta companhia ignorava... mas que se tornou evidente quando uma larga porta de comunicação, convenientemente disfarçada na parede, se abriu para deixar saír alguns fregueses da dita casa, apostados certamento em terminar a noite no Boca de Pano. Tendo a porta permanecido aberta, fosse por incúria ou por operação de marketing, os convivas tiveram ocasião de apreciar uma cena digna de registo: Um indivíduo manifestamente alcoolizado, envergando um traje esquisito e liga na perna, tentava cantar a Lusitana Paixão acompanhando uma máquina de Karaoke, enquanto ia escorregando pela mesa abaixo, apesar de amparado por duas belas funcionárias do estabelecimento. O grupo dividiu-se entre a estupefacção, o escândalo, a gargalhada e a curiosidade. Porém, duas das senhoras, que obviamente não vou nomear, General, para que não caia na tentação de sobre elas exercer furtivamente represálias, mantiveram um sangue-frio admirável e registaram a cena. Foi assim que...

Poirot calou-se quando viu reaparecer Sem Nome transportando uma pequena caixa que me era muito familiar, e da qual, emocionado, não tirei os olhos. Entregou-a ao General Rufus, que a abriu, perguntando a Poirot:

- Está tudo?

Hercule consultou-me com o olhar.

- Tudo, Poirot. O galardão, a dedicatória, o estandarte... não falta nada - respondi louco de alegria.

- Faça-se então Justiça! - exclamou Poirot encarando Rufus, que, manifestamente contrariado, me entregou a caixa. Segurei-a com mãos trémulas, e o meu amigo concluiu:

- General, foi feita Justiça e o dano reparado. Falta o castigo do criminoso. Vou ser benevolente... por esta vez. Conservarei na minha posse as cópias da fotografia, e ai de si se alguma vez voltar a cometer proeza semelhante! Ai de si se tentar vingar-se de alguma das pessoas que mencionei, e que são absolutamente inocentes! A cólera de Hercule Poirot abater-se-à sobre a sua cabeça, General! Lembre-se das minhas palavras!

Retirámo-nos, acompanhados pelo mesmo guarda que nos facultara a entrada. Cerrado o portão, enveredámos pelo trilho de regresso à clareira. Não me cansei de agradecer a Poirot e de lhe tecer merecidos louvoures. Recebeu-os com naturalidade, alisando significativamente o bigode e sorrindo, satisfeito.

- Caro Poirot, compreendo perfeitamente que não tenha querido revelar ao General Rufus quem imortalizou a cena da casa de alterne, mas... não mo dirá a mim, Alien?
- Mais oui, mon ami, claro que lhe digo! A sua amiga Arabica registou-a com o auxílio de um aparelho a que chamam câmara digital; e a sua amiga Lizzie gravou-a através de um engenho conhecido por memória fotográfica. Aí tem!
- Bom, confesso que não fico surpreendido...

Durante o voo de regresso, ofereci:

- Poirot, sei que não é agradecimento bastante, mas estamos na hora do chá e, como muito bem disse, é necessário respeitar o horário das refeições. Convido-o, com todo o gosto, a beber em minha casa uma nova tisana que tenho andado a experimentar!

Pelo olhar de Poirot perpassou - pareceu-me! - um lampejo de ironia...

- Mon ami, sinto-me muito honrado, mas, como sabe, tenho de me encontrar com o Capitão Hastings dentro do prazo acordado... A palavra de Hercule Poirot é sagrada!
- Seja, então, Poirot. Ficará talvez para outro dia...

O local combinado era, afinal, a residência de Hastings. Estávamos já perto quando a pergunta me ocorreu de súbito:

- Poirot, desculpe a minha curiosidade... bem sei que contou a Rufus as circunstâncias em que a sua comprometedora visita à casa de alterne foi fixada, e até me disse há pouco por quem... mas... parece-me que não chegou a revelar como obteve as fotografias...?

- Ah, mon ami... achará certamente natural que, no dia seguinte ao da reunião no Mini Bar, já algumas cópias da foto e da memória fotográfica andassem de mão em mão entre as pessoas de que falei. Decerto calculará que, na minha breve investigação, tive ocasião de ler atentamente as suas caixas de comentários, que se revelaram um auxílio precioso. Finalmente, haverá de imaginar que contactei algumas das testemunhas... mas sabe, caro Alien, quando estão em causa les dames, um cavalheiro tem que ser discreto... compreende, não é verdade, mon ami?


Compreendi perfeitamente. Saíra-me fresco, este Poirot! Chegados ao ponto de encontro, despedi-me, demonstrando efusivamente a minha gratidão, e segui viagem, contemplando com satisfação e orgulho o meu galardão, e jurando que nunca mais o exporia no blog, desprotegido e sujeito à cobiça de qualquer patife. Porque, é bem verdade, Rufus há muitos! Rufus há muitos!


75 comentários:

Arábica disse...

Ah! ah!!!! :)


então foi o Rufus, esse sanguinário????


E que imaginação a tua, Alien!

E tudo aqui sob os nossos olhos!

Uma sábia lição tirei desta passagem de vida: nunca devemos nos aproximar tanto do local do crime, quanto eu o fiz (bater com a cabeça na pedra, não ajudava em nada, como tu bem disseste) sendo o distanciamento vital em qualquer situação que exija análise e sábia visão.

É caso para "chamarmos à pedra", Rufus, o vilão, não te parece? :))


Um abraço, bom inicio de semana!

Alien8 disse...

Arabica,

Mas tu já leste TUDO???

Olha que ainda agora publiquei a versão provavelmente definitiva do post... :)

Bom domingo. Beijos!

Alberto Oliveira disse...

... não sei porquê mas acho que isto não fica por aqui. É cá um pressentimento... pois Poirot não me pareceu tão definitivo nesta conversa epilogante como lhe é habitual em casos semelhantes. Das duas uma: ou o homem está um pouco enferrujado ou já eram demasiadas faltas de evidências para a sua cabeça.

De qualquer modo, é bom saber que estou ilibado de qualquer envolvimento no delito de usurpação de material honorífico. O que o dito tenha regressado às tuas mãos.

Abraço.


NOTA: Iniciei a leitura deste texto, ontem pelas 02.30 e terminei-a hoje. Vou ver se durmo...

Arábica disse...

Alien, meu caro, elementar é também estar atenta às entradas e saídas desta zona de concentração global e não nos distrairmos.

Há muito que os guerrilheiros do riso estão entre nós tentando-nos demover das cruzadas que se impõem, através dessa arma de distracção massiça.

Felzmente, Tu e Monsieur Poirot nunca perdendo o fio à meada, que confesso, a meus olhos se afigurava dificilimo, conseguiram levar a bom termo esta luta corpo a corpo, entre o BEM e o MAL. :))


Os meus sinceros Parabéns, meu caro Alien, contente por, de algum modo ter contribuido para o desfecho feliz!

Como prova de apreço por toda esta cena trazida a palco e agora desvendada a nossos olhos, envio-te através de mensageiro público, mais um selo, bem merecido e já benzido, para assim não ser alvo de cobiças e de novas guerras sanguinárias!

O seu a seu dono!

Pela Paz e pelo Riso!


:))

Arábica disse...

E faça-me o favor, carissimo Alien de aqui o trazer, sim, sim, a esse SELO com fomato de "sinal de trânsito"!

Para que não nos dispersermos :))

Arábica disse...

E obrigada pelo abraço de hoje, cavalheiro Alien :)

coxa e marreca disse...

Julgo que Mr. Poirot sendo belga não se importaria se não lhe tivesse sido oferecido o chá. Mas fez bem.

Teresa Durães disse...

eu sabia que tinha sido o Rufus mas confesso nunca ter tido jeito para este tipo de charadas. enfim... não podemos saber fazer tudo

uf! disse...

Caro Alien
Ontem à noite, acabadinha de regressar, logo vim ver o post (mentira: primeiro jantei, que estava esfomeada...).
INEXCEDÍVEL, este alho porro, digo Poirrot. Brilhante. Felicito-o por ter conquistado para a sua causa um cérebro tão bem oleado :-)
...
obrigada por estes momentos ;-)
boa semana
bjs

Justine disse...

Isto de ler um "policial" assim de empreitada dá cá uma sede!Acho que tenho de dar um salto rápido ao "Boca de Pano"...(foi uma excelente noite, aquela!).
Pois caro Alien,leitora antiga e constante que sou de Agatha Christie, inclino-me perante o seu conhecimento profundo do estilo da autora, e confesso-lhe que, malgré a sede, foi como se tivesse estado a ler um epílogo dela.Sua admiradora me afirmo:))
Abraço

Lizzie disse...

Mamãe:

Já tou trabalhando aquí em Portugáu.
Cuista não! Só fico batendo papo e dando bóla pra uns cára portuga qui fála esquisito pá burro i bébe choupinho atraiz dji choupinho.

Aquí é sempri carnavau. Ágenti num sábe nunca quêm é pólícia e quêm ladrão. E tem mulher qui veste fóra dji mãe. Tem umá qui parece di velório com tanto preto e franjinha. E tem homêm qui vésti liga i qui fála estranho cu ela i qui chama Almodovar e outro qui chama Bosé i qui eu vi quândo eu foi fazer compánhia pa Espânha ao vélhotche qui tinha mêdo dji dórmi sózinho.
Tem cára de bigodji, cáreta, qui fica bebendo chócólatci e qui vai mandá eu pá emigração. Maiz eu tou legau nos pápeiz.

I tem outro cára qui pinta dji verde e fica iscrevendo o tempo tôdo. Iscreve policiau e a Suzetji já foi falá cu êle más o cára num quér cunversa não, nêm pága bébida a éla i pátrão fica chatiado.

Agóra agentchi vái vê novéla qui tá quasi acabando.
Agentchi vai vê si Bia pôiz cianeto n´ ácorda de Cumpadre Máneu. I si Lisetchi cása cu Cumpadre Zarolhe.

Fiquêm ucês na paíz de Santa Lizzie Ilumináda du Morro.

Bejos pro papái.
Saudáde


Maria Errata

Arábica disse...

LiZete para Ofélia, enquanto o autocarro da Camara Municipal de Alguidar à Cinta vai comendo kilómetros, no seu regresso à grande cidade:

-Oh Félia filha, isto é que foi um passeio! Como estavam lindas as amendoeiras, todas de branquinho vestidas, oh mulher deu-me cá uma vontade dum dia me casar assim, cheia de rendas e flores toda, toda branquinha!

Ofélia vai lendo a revista BLOG7Dias e apenas anui com a cabeça, em gesto de resposta à amiga.

OH Félinha, tu tira-me daí a atenção, sempre à procura do criminoso, agora até já sabes que foi esse Juan António Rufus que roubou o óscar ao ET!

Isto há cada drama na vida! Quem diria que um General, com uma vida recheada de gloriosos combates e elaboradas estratégias ia assim deixar-se apanhar com o cinto de ligas na mão??!!!! Já dizia a minha tia Custódia, o diabo tem uma capa que tapa e outra que destapa! O que é que disse a mulher sem nome quando soube?

Ofélia finalmente levanta os olhos das páginas da revista e diz-lhe pela quadragésima quarta vez desde que lhe contara pela primeira vez o enredo descoberto:

-Aiiii Juan António Rufus quetémato, coño!!!!!!!

Lizete sorri. Sempre gostou de um bom drama. Para ela amor sem tragédia é uma imitação barata de vida.

"Um pexebéque, filha, um pexebéque" como ela costuma dizer.

Encosta o rosto cansado na janela do autocarro e sonha com amendoeiras em flor nos olhos do compadre cantor...

Anônimo disse...

Perplexa perante tamanha imaginação da tua parte.
Qd eu for grande tb quero escrever assim :)
E agradecida pela referencia à minha pessoa, mas "professora mar", é mt pesado, "mar".... simplesmente mar


Bjs

Alien David Sousa disse...

Looooooooooooool
Brilhante maninho! Então eu também estava no bar hehehe

Adorei esta história, adorei ter lido esta saga.

Beijinhos alienígenas

Arábica disse...

Alien, dás-me licença? :)

Fogo, estive eu tantas horas à espera dum comentário da Teresa e leio:

"eu sabia que tinha sido o Rufus mas confesso nunca ter tido jeito para este tipo de charadas."

Oh mulher dos personagens dificeis, dos trinados e dos sonetos, pois que... diz-nos lá novamente: não tens jeito para que?????? :)))


Oh Criador!!!! Será possível rasgar esta folha e arrancar-lhe da alma, outra? :)

Beijinhos

Teresa Durães disse...

O Poirot é um mentiroso.
Mente tão completamente
Que chega a mentir que é honroso
A honra que deveras tem.

E os que lêem o que escreve,
Na mentira acreditam,
Não a mencionada,
Mas só a não esperada.

E assim nas deduções
Giram as falsas conclusões
Esse detective de segunda
Que pensa ter a verdade profunda

wind disse...

Alien, genial o fim que deste a esta "estória":)
Parabéns!:)
Beijos

Teresa Durães disse...

(uma semana mais difícil e quando passar - espero que amanhã - voltarei aqui)

bettips disse...

Li, tresli e julguei-me no Dubai. Com Poirot já em calções, correndo para aquelas palmeiras que se vêem do ar.
E estive bai não bai para não dizer nada, saindo pé ante liga, antes que viesse a polícia dos costumes.
Mas precioso é o humor e farta a imaginação. Por isso (e mais aquilo que leste e que era "coice memo", como tu me percebeste!), deixo-te um grandiloquente abraço por coisa que me entreteve, sem maldade, com pudor qb e amizade...enfim, uma autêntica novela policial
de alto gabarito.
E o selo é bonito!
Beijos, incluindo os gatinhos e a dona.

Alien8 disse...

Arabica,

Pois cá está o selo, e mais a alegria de recebê-lo :)

Faço minhas as palavras que dirigiste à Teresa, e adiante verás que leva pró tabaco :)

A história, essa, tinha mesmo que acabar... e, se não fosses tu, e outras e outros "voluntários", não sei o que teria sido... mas já lá vai, e não perder o fio à meada já não é mau, nos tempos que correm...

Obrigado por tudo, e por mais uma aparição da Lizete e da Ofélia, que vieram, sem dúvida, para ficar!

Um abraço.

Alien8 disse...

Legível,

Grato pela apreciação, garanto que a coisa fica mesmo por aqui! Com ou sem falhas de evidência, que nem Poirot é perfeito (mas está lá perto...).

Espero que tenhas tido um sono reparador, que ler esta saga "cansa, gasta, é deletério", como escreveu o outro.

Um abraço.

Alien8 disse...

Coxa e Marreca, salvo seja,

Apesar de Poirot ter assimilado alguns dos hábitos britânicos, não o creio grande apreciador de chá. Por isso mesmo lhe ofereci "uma nova tisana que tenho andado a experimentar", o que, parecendo que não, é bastante diferente. E Poirot aprecia tisanas (mas não as minhas, ao que parece...)

Obrigado por ter lido e comentado!

Alien8 disse...

Teresa,

Eu respondo-te mais abaixo... à espera que passe a semana difícil... mas respondo-te ainda hoje! :)

Alien8 disse...

Prof,

Obrigado digo eu, a si que desvendou o enigma e tanto colaborou na festa!
E apreciei particularmente o pormenor de ter admitido que jantara primeiro :)

Bom resto de semana e um beijo.

Alien8 disse...

ustine,

Serás sempre bem recebida no Boca de Pano - e aqui no blog também!

Não pelas boas palavras que deixaste, mas porque sim.

Confesso que não pensei no estilo da Agatha Christie ao contar a história. Talvez, tendo lido praticamente tudo o que escreveu e relido alguns livros várias vezes, tenha absorvido algo do seu estilo.

Quando mais não fosse, pelo pão te faço a minha vénia :)

Alien8 disse...

Lizzie!!!!!!!!!!!!

Macacos me mordam, só me faltava uma brasileira a tentar-me! Ainda bem que recusei, senão estaria frito :)

Mas olha lá, tu falas todas as línguas? Estiveste naquela cena do Pentecostes? :) "E, já agora", onde é que fica esse bar, e o que é que se bebe por lá?

Ainda bem que estás "legau nos pápeiz" :)))

Um grande obrigado pelas tuas criações. Também elas vieram para ficar!

Um beijo.

Alien8 disse...

Mar,

"Professora" foi só na historinha.

Aqui é Mar, apenas Mar...

Obrigado e um beijo.

Alien8 disse...

Mana AlienDS,

Estiveste no bar, sim, mas parece que não te lembras eheheh!

Obrigado e beijinhos alienígenas.

Alien8 disse...

Teresa,

Ainda mais abaixo....

Alien8 disse...

Wind,

Obrigado!

Um beijinho para ti.

Alien8 disse...

Teresa,

... E mesmo mais abaixo, e já pouco falta, terás a merecida resposta, para te facilitar a semana...eheheh!

Alien8 disse...

Bettips,


Shhhhh.... é na Turquia! O Poirot de calções? Hmmm... não sei, não!

E saías sem dizer nada? Oh!!!!!!

Compreendi-te bem, também acho, e ainda, já que falas de "coice", deixei por lá mais um, que me fugiram os dedos no teclado...

Um abraço para ti, que os gatinhos e a dona retribuem os beijos!

P.S.: É mesmo bonito, o selo! Graças à Arabica!

Alien8 disse...

Teresa,

Aqui fica uma singela homenagem, bem ao teu estilo, a toda a valiosa colaboração que deste, tu, por causa de quem a história foi contada. Com o meu abraço. Mas não comeces já a festejar... :)


Eu canto da Caturra a melopeia
Patética, infeliz, desafinada,
Que logra confundir a epopeia
Em que participou com uma charada
E nos transmite a inulta e grave ideia
De não ter jeito, depois de provada
Em trinados a sua qualidade
Na busca da Justiça e da Verdade.

E Vós, Teresa Durães, que desprezais
De Hercule o raciocínio e o Verbo justo
E após tanta escrevência não cuidais
Que enfrentou Rufus e o levou ao susto,
De amarga taça bebestes demais,
Por quererdes olvidar a todo o custo
Heróicos feitos Vossos e da Gente
Que a cerveja tragou, e o vinho quente!

A Condessa esqueceis e o Narrador
E Personagens outras dessa saga
Em que Vos sublimastes p’lo ardor
Da Palavra, mais forte do que a adaga.
Do fero General sentis a dor
E, por curá-la, nos rogais tal praga
Que do Olimpo os Deuses não vos valem,
Nem Ninfas, nem Barões que se assinalem!

Luiz Vais de Trotinette (marido de Luísa dos Camiões)

Alien8 disse...

ERRATA (Já cá faltava!)

Lá mais acima, tirei um "J" à Justine.

Não se faz! As minhas desculpas! E não, não é o começo de novo "policial" Safa! :)

Arábica disse...

É verde e tudo, o teu Selo.

:))

Em homenagem a ti, à nave inter planetária que há uns anos atrás aqui estacionou e promoveu o encontro, e a todos os seres que daqui nascem, daqui partem :) e aqui hão-de voltar :)

E em noites de pouco afazer também dá para um jogo de setas :))


Obrigada por estes momentos de riso, de bem estar e de concentração surrealista de poderes, ALien.

Um beijo meu e um abraço das meninas Lizete e Ofélia :))

Lizzie disse...

Exmº Sr. Alien:

Vimos por este meio agradecer-lhe por ter reposto a ordem e a moral, neste país onde, cada vez mais,a devassa impune se instala.

Desde sempre, com todas as nossas forças, defendemos os nossos maridos, filhos, pais, irmãos, tios, sobrinhos,enteados, afilhados e noivos, de:

brasileiras pecadoras;
serviçais promíscuas sem respeito à nossa natural autoridade;
homens com ligas e, eventualmente perfumados;
pássaros escreventes sem decoro; falsas santas cheias de luzes a lerem revistas sem moral alguma (santa que se preze vive na humildade e escuridão no serviço do crente como qualquer mãe digna de tal sagrado nome);
espanholas que mais não fazem que exibir-se em exagero de maquilhagem e roupa garrida, tentando, assim, a virtude dos nossos homens tão frágeis nos apelos da carne.

Em assembleia geral, decidimos colocar o seu retrato na Pastelaria Central Alva Flor, sede das nossas reuniões.

Com admiração e respeito


Ricardina Bento da Cruz

(líder eleita do movimento Mães de Bragança)

Teresa Durães disse...

ah! mas o Luiz Vais de Trotinette estava inspiradíssimo!! Claro que irei contar de seguida à poetisa caturra que neste momento está a se borrifada por causa do calor. Como as penas estão todas molhadas ela não consegue, neste momento, voar por aí (atenção, colocar Voando por aí em letras brilhantes)

E já que, eu Teresa, fui ilibada, vou de novo a esse bar que está na hora da guiness. Deixar pousar, levar à boca e... saborear!! Ah! Santos Irlandeses com excelente gosto! A Sagres que ponha os olhos neles porque aquele sabor amargo não faz o meu gosto.

E outras que andam Voando por Aí (atenção, colocar Voando por aí em letras brilhantes) fazem-me cede neste dia calorento. Infelizmente os borrifos não chegam como para a caturrinha e a piscina ainda está vazia. Mas não posso andar a dizer estas coisas pois o bar está apinhado e não quero nem mirones nem abusadores.

(calor, calor calor, mesmo Voando Por Aí (atenção, colocar Voando por aí em letras brilhantes), não refresco, alguém me explica porque vim de casaco? Estava parvinha pela manhã?)

- Sei que não estou a dizer nada de jeito mas esta libertação da culpa que me queriam impôr foi um pesadelo nunca antes vivido.

E viva a honra!!

Teresa Durães disse...

Já gastámos as toalhas,
e os borrifos que ficaram já chegam
para afastar o calor das penas.
Gastámos tudo menos os lençóis.
Gastámos os lenços brancos,
gastámos as mantas de tanto nos esfregar,
gastámos a roupa molhada
inúteis como trapos.

Mexo as penas e já não encontro nada.
Antigamente era mais rápida;
era como se dominasse a água:
quanto mais secava mais linda ficava.
Às vezes diziam: és tão colorida.
E eu dançava.
Dançava,
porque as asas
ficavam fofas e ágeis.

Mas isso era no tempo dos rios,
era no tempo das correntes,
era no tempo em que as minhas cores
eram realmente verdes.
Hoje são apenas cores.
Lindas de morrer, é verdade,
Penas de invejar.

Já gastámos as toalhas.
Quando agora digo: secar,
Fico logo agradada
E no entanto, antes das toalhas,
tenho a certeza
de que as penas estremeciam
só de pensar
na frescura a entrar

Não há mais água para mergulhar.
Dentro do bebedouro
não há nada que me peça água.
O poço é inútil
E já te disse: já não há toalhas!

Adeus.


Caturra feliz

Teresa Durães disse...

Entra Rufus com o seu séquito, destruindo tudo à frente, dos lados, de trás. Traz a fúria na cara e à medida que avança, pega fogo a tudo o que arde
- AH! Maldito extraterrestre! Se pensas que isto fica assim, estás enganado. Fica sabendo que não passas de um alvo a abater. E para te provar…

Teresa Durães disse...

... fica sabendo que daqui vigio-te...

Rufus

Teresa Durães disse...

... e daqui também...

Rufus

Teresa Durães disse...

... e por aqui não passas!!!

Rufus

Anônimo disse...

uma coisa assim...

pensei logo!

fui descoberta!

mas não, não tinha sido esta teresa aqui, nem a de lá, tb...

o que seria então?!

e fui lendo, lendo...

belo conto!

ps: deixei uma coisa dessas num blog desses (!)...

passou-se tempo

até hj, entretanto, o dono da pegadinha não descobriu...

e não fui pega!

ps: só uma declaração de uma moça que estava a gostar do rapaz, que pra sorte dela ele não entendeu nada!!!

pq a moça já era comprometida e o rapaz, não sei.

mas como a moça não era tão moça assim... e o rapaz, este sim, era mto moço sim,

foi melhor.

forte abç

ps: não anote tais declarações,
por favor,
pq a moça,
continua comprometida!!!!



.

Alien8 disse...

Arabica,

É verde, realmente! :)

E o jogo de dardos é sempre uma possibilidade!

Obrigado a ti pela companhia, pela amizade, pelas palavras... por tudo!

Um abraço.

Alien8 disse...

Excelentíssima Senhora Dona Ricardina Bento da Cruz,

Tenho a dizer a VEXA que se enganou no destinatário...

Aqui o Verdito não fecha casas de alterne nem deporta brasileiras, ucranianas, moldavas, russas, romenas e etc... etc...

Lá por não ter dado bola à brasuca "legau nos pápeiz" não se segue que defenda a moralidade e não sei que mais contra gente de bem, de santidade e salero, pássaros escreventes e homens de liga. Ora essa!

Um conselho, D. Ricardina: deixe essa treta das Mães de Bragança e vá para as Filhas de Madrid. Vai ver que se diverte muito mais. E tire lá o meu verde retrato dessa parede, que nem me sinto bem só com a ideia de o ter lá pendurado.

Além do mais, eu bem sei o que se bebe na tal Pastelaria Central Alva Flor. E outras coisas que não vou adiantar. Pois.

P.S.: Lizzie, chama a Santa para me acudir, que esta gente das Mães de Bragança não é séria!!! Socorro!!!

Alien8 disse...

Teresa,

Ah, a Caturra borrifada deve sentir-se no sétimo céu. Imagino. E depois escreve, escreve...

Garanto-te que, quando aqui escrever Voando etc... terei o cuidado de respeitar a tua vontade, várias vezes lembrada :)

Folgo em saber-te fã da Stout... olha que a checa também não é nada má!

E deixa que te diga que a tua Caturra feliz - eu bem dizia! - faz inveja ao Eugénio! Acho é que não gastou só as toalhas :)))

Quanto ao Rufus, enfim, coitado, muita parra e pouca uva (a não ser na vinhaça que emborca). Perdi-lhe o respeito. Também, sei que vai ter um triste fim. E viva a Sunua!

Mais a Teresa e a Caturra!

E aquilo de que não gostas (Às vezes eheheh!): um beijo!

Alien8 disse...

Camisinha,

A princípio não percebi nada, mas quando li "ps: deixei uma coisa dessas num blog desses (!)..." vi logo tudo. Ou então não.

Lindo conto! - isso entendi.

Palpita-me que o tal dono da dita pegadinha vai continuar sem descobrir nada. Azar!

Não vou anotar nada, claro.
Como faria?

Mas agradeço o comentário.

uf! disse...

POIS AQUI LAVRO O MEU PROTESTO: Com a mensagem subliminar de um certo comentário, publicitanto uma certa cerveja, o meu subconsciente ordenou aos meus pés que se encaminhassem para um hiper, à procura de Guiness - no super que frequento sei que não há pois já por várias vezes a procurei.
Não havia em lata, apenas em garrafa. Comprei, na mesma. E lá rumei ao lar, par me deliciar. Qual quê!
Mas é que não há comparação possível entre a Guinesse de exportação comprada e bebida em Portugal e a que consumia em Dublin, deleitada. Penso que o ambiente, o contexto poderá ter influência mas macacos me mordam se a fórmula não é também diferente!...
Ai! Ai! Ai!, Que raio!? Quem trouxe para aqui estes macacos oportunistas?!

uf! disse...

Aquela bejeca
que me tem faltado
porque dela vivo
deixou-me em mau estado.
eu nunca vi espuma
em transparentes copos
que para os meus olhos
me lembrasse a bruma.


nem sagres, nem bock
nem carlsberg nem jansen
por mais que se cansem
ganham aquele toque
sabor singular,
aos lábios se oferece
preta sob a espuma
aos olhos parece
uma fonte viva
que brota por ‘í fora
para ser senhora
de quem é cativa.

Preto, seu corpo é
e o povo vão
Perde opinião:
preto não é só o café
Pretidão tão fresca
Tão doce a textura,
Que a espuma lhe jura
ser a melhor bejeca

Leda mansidão,
que o beber acompanha;
Bem parece estranha,
Mas cerveja não.
Presença serena
Que o streck amansa;
Nela, enfim, descansa
Toda esta cena.

Esta é a que bebo,
a que me tem cativa,
E, posto c’a caneca ergo
É força que: Viva!

uf! disse...

ups... esqueci-me de assinar aí em cima:
Luísa dos Camiões

Lizzie disse...

Meu Filho:

Bem ouço as tuas preces.
Não grites tão alto que sou santa mas não sou surda. Às vezes tenho é tantos pedidos que não distingo as vozes.

Ai, Meu Filho, anda o demo por aquelas mulheres de bigode, soquetes, meias de lã e saias pelo meio da perna.

Eu, por baixo do manto, com o calor que está,tenho umas calças frescas que vi na Vogue Celestial.

O rosário, olha fui buscá-lo à Harper´s do Céu. Desde que Maria Madalena é editora chefe, embora escrita em latim, está muito mais arejada.

E, em vias de ecumenismo com o Purgatório, Chanel vem aqui desenhar as novas vestes. O Criador está farto de Prada e Armani.
Não sei é se Santo Agostinho vai ter toda a filosofia escrita em nuvem reciclada. Com o buraco de ozono não se podem desperdiçar nuvens frescas ou vocês mortais e ETs morrem de secura.

Meu Filho, vou mandar um raio à pastelaria mais própriamente ao teu retrato. Olhei para baixo e vi na Feira da Ladra, uma estampa mais adequada àquelas cabeças. Como sou generosa vou mandar umas revistas Modas e Bordados vintage mais uns nºos do Clube das Donas de Casa.

descansa Meu Filho, que eu vou a correr para o convento das Sagradas Filhas de Madrid.

Alien8 disse...

Prof,

A Luísa dos Camiões continua inspirada (pudera!) e a Guiness é, realmente, uma cerveja... Bárbara.
(Esta agora fez-me lembrar aquele anúncio "Você tem um perfume bárbaro":)

Ó Luísa, diz-me lá, quanto a essa bejeca, não m'endechas uns golitos?

E ora zumba na caneca,
ora na canaca zumba...

E vou ali e já venho, que tenho um gelado ao lume...

Alien8 disse...

Santa Lizzie,

Eu não gritei... será que estais a usar aparelho auditivo????

Mesmo assim, a indumentária parece-me conforme, e então o rosário é uma preciosidade. Haja Santas com bom gosto a juntar ao bom senso de mandar o raio fulminante ao retrato abusivamente pendurado em local muito suspeito.

Eu gosto Vosso colega Agostinho. O tal do "Dai-me castidade e continência, mas não agora...". Um porreiraço.

Considerando ainda as alusões feitas em alguns comentários anteriores, será que dar para bebermos "Uma cerveja no Céu", que o Inferno está quente que se farta?

Em todo o caso, grato por terdes atendido as minhas preces, e bom fim de semana no Convento!

Anônimo disse...

:)

mar, azul e imenso......

Bjs e bom fim de semanan

uf! disse...

Alien, endecho, pois!
;-)))
Lu hic! isa dos Cami hic! ões

Alien8 disse...

Mar,

Isso mesmo :)

Bom fim de semana.

Beijinho.

Alien8 disse...

Luísa dos Camiões,

Obrigado! Cá vai à tua! E parece que estava na hora :)

Arábica disse...

E depois de algumas mines, das ameaças de Rufus e de ouvir falar de raios encomendados com destino próprio, não posso deixar de zelar por vós:


Santa Bárbara, que sois mais forte que as torres das fortalezas e a violência dos furacões, fazei que os raios não me atinjam, os trovões não me assustem e o troar dos canhões não me abalem a coragem e a bravura. Ficai sempre ao meu lado para que possa enfrentar de fronte erguida e rosto sereno todas as tempestades e batalhas de minha vida, para que, vencedor de todas as lutas, com a consciência do dever cumprido, possa agradecer a vós, minha protetora, e render graças a Santa Lizzie, também.


Maria com música no coração, vizinha do padre Alberto.

Alien8 disse...

Arabica,

Pois é, pois é, só te lembras de Santa Bárbara quando troveja...:)

Mas tenho que agradecer a oração e a disposição protectora. Olha que bem preciso, que isto aqui anda cheio de ameaças! :)

Um beijo.

Arábica disse...

Boa semana, Alien :)


Que as ameaças não passem pelo escudo protector :)


Beijos

Alien8 disse...

Boa semana, Arabica, e que tudo esteja bem! Ainda aqui ando... mas não nos blogs. Vim dar uma espreitadela final.

Beijos.

Lizzie disse...

Compadre Verdi, atão vá de fugida pra quê?
Assente-se vocemecê aqui quabre-se as minis aqui ca navalha.
Ai o calor que tá. Parece o suão, atão na vê?

Tá quieta Maria, dêxa o compadre, raio da cabra!

A mulher grandi na teve cá!Vêo hoji! Atão ólhe lé se é aquilo figura! Com vestido ós fólhos. Até já tenho o barulho das palmas na cabeça. Atão na pára de batê palmas. Tará matando moscas? E compadre, na se pôe ela coceando pra trás? E pôe gritando "válé"! atão vále o quê? Maluquêras!
Olhe lá prós bêços: aquilo andô-se encharcando de chócolate. Toda besuntáda! A nha Bia alambe-se! Lá o compadre Poirot, qué genti fina alimpa-se cô lenço. Porca dum cabrão!
As luzis parecêm do natal:acêndêm-si e apágâm-se.Natralmênte está com pilhas fracas. Ê comprê as minhas nos chineses da vila e na óvi o relato da bola todo.

Atão já vai compadre? Atão na quér umas rodelinhas de chóriço? Nem quêjo? Ahhhhhh!!Tal é a pôrra!

Ólhí logo à nôiti a Comadre Lizete vai cantar karóqui da Ana Malhoa. Magana anda saída da casca. O marido foi pa apanha pa Espanha e é isto. Sai à tia Germina.

Atão até lógo, compadre e ca semana sêja boa.

Maria, porque será ele verde? Que confusão me faz isto na minha cabeça!

Teresa Durães disse...

pronto, pronto, deixo também um beijo. mas só um porque os restantes estão reservados para os filhos (e cão!!)

Arábica disse...

:))


Ai compadre! Que isso são pilhas duraxelliiiii :)


Xerá fomi??? :)



Beijos folhos e castanholas )

Anônimo disse...

Ó senhor Alién o senhor escreve que se desunha que até tive que fazer um intervalo para conseguir ler este seu poste que pela energia me parece ser movido a electricidade nas letras e então dos seus comentadores a coisa ainda fia mais fino que aquilo é cada conteúdo, continente e pão de acúcar que só visto e um exemplo (é melhor serem dois) é o daquela senhora que beija indescriminadamente (vamos lá ver se consegui pôr nesta palavra cara as letras todas... ) os filhos e o cão e outra que deve ser sevilhana pelos jeitos pois mistura beijos com castanholas que isto é um ver se te avias.
Entretanto pelo seu último comentário percebi que estas eram mesmo as suas última palavras (cruzes canhoto!) sobre o assunto e eu tenho pena que já me estava a habituar a vir aqui dia sim, dia sim, a ler caso do roubo de que foi vítima que as telonovelas na televisão estão cada vez mais na mesma.

Uma leitora assídua e anónima que o costuma ler com muito gosto e que hoje ganhou coragem para deixar um comentário.

Tenha um santo dia.

Anônimo disse...

E agora Alien o q se segue?
As expevtativas estão elevadas... :))

Bjs

Alien8 disse...

Lizzie,

quero dizer,

Compadre Manel,

Eu cá alinho no queijito e no chouriço, por via deste calor, ou então será nas minis ou mesmo nas maxis. Lá a comadre Lizete no Karaoke da Ana Malhoa deve ser um espectáculo. Temos que filmar essa coisa, mas o compadre em calhando não tem câmara nem junta de freguesia e então nada feito, e que desconsolo. Eu a grande dos folhos não conheço..., mas deve estar a falar do vale do correio que não lhe chega, tadinha. E por isso escoiceia e bate com as mãos de danada, a ver se apanha alguém no meio.

Pois cá vai à sua, compadre, que se beber o quanto baste pode ser que lhe venha a ideia a resposta à coisa do verde. Eu, moita carrasco, que segredo é segredo.

Alien8 disse...

Teresa,

Ena, ena, milagre!
Mas... olha lá, tens stock limitado?
Eheheh!

Boa noite para o Chip também, ou será Motherboard?

Alien8 disse...

Arabica,

Fome? Nah, deve ser sede...

Folhos?
Castanholas?

Está bem... :)

Um beijo (estou como a Teresa, stock limitado... e depois tenho os gatos todos... :)

Alien8 disse...

Leitora assídua e anónima que me costuma ler com muito gosto e que hoje ganhou coragem para deixar um comentário (uff!),

Mas então é preciso coragem? Ora, ora! Mas deixe lá, que arranjou coragem de sobra, e vai de pães de açúcar e pingos doces e referências aos comentários e palavras caras (das de 100 Euros, no mínimo)...

É um gosto para mim confirmar que há milhares, quiçá milhões de pessoas que me lêem secreta e assiduamente e não deixam comentários por timidez. Eu já suspeitava, realmente.

As telenovelas aqui valem a pena, embora às vezes tenham episódios de saír a meio... vá lá que só fez um intervalo.

Esta acabou, mas esteja à sua vontade para continuar a vir aqui ler as próximas e desunhar-se a comentá-las.

Até lá, agradeco-lhe as tais palavras - e gabo-lhe o gosto!

Alien8 disse...

Mar,

Esse é que é o problema:)

Tenho que meditar no assunto :)))

Beijos.

Arábica disse...

Voa noite.


Bamos todos vever um café?


Veijinhos

Alien8 disse...

Arabica,

Eu já fui :)))

Boa noite!
Beijinhos.

uf! disse...

arábica, eu já lá stibe na semana passada a boer um cimbalino.
agora ia mesmo era uma mine! tambeingue, com este caloure!...

Alien8 disse...

Prof,

Dê-le!