Aliencake

Foi numa tarde de sábado, de encontros, reencontros e desencontros, de estreia literária e café, tudo prolongado em noite, jantar e mais café, ficando no entanto curto o tempo. De súbito, aparece-me pela frente um bolo com a minha cara. Um bolo com rosto de Alien. Olhei-o uma e outra vez, e só não me belisquei porque dói um bocado, convenhamos. Mesmo a aliens. As pessoas cantavam os parabéns e batiam palmas, eu ouvia e agradecia, mas mal tirava os olhos do bolo. Fizeram-me pegar nele com uma mão, perante a apreensão de alguns circunstantes, e conduzi-lo, ou deixar que me conduzisse, à mesa improvisada. Vivendo desde sempre em terrível dúvida sobre a minha origem e condição, houve um instante luminoso em que tudo se revelou. "Sou um bolo, afinal sou um bolo!" - exclamei para mim mesmo, entre alguma perplexidade e o alívio de uma certeza há muito tempo aguardada. Foi sol de pouca dura. Lá tive que partir o bolo. Lá tive que me cortar à faca em fatias que rapidamente desapareceram. Ao que parece, estava bom, eu. O facto é que, apesar disso, ainda estou vivo. Não serei, então, um bolo? Serei apenas a recordação dele? Felizmente, a fotógrafa estava lá. Serei assim talvez a fotografia de um bolo. Há piores destinos. Há piores fins de tarde-noite de sábados de lançamentos de livros, encontros, reencontros, desencontros, jantares, cafés, aniversários e ainda mais. Muito, muito piores, garanto-vos.

1 de dez. de 2008

O muro

Depois de jantar saía e sentava-se no muro que lhe limitava a casa, perto de uma tangerineira e de uma figueira de figos brancos. Certas noites havia culto na Igreja do Nazareno, mesmo em frente, e as orações e os hinos serviam-lhe de som de fundo. Quando a igreja estava fechada, a noite era mais escura e viam-se melhor as estrelas, para as quais olhava invariavelmente, por hábito e prazer, lembrando as explicações do pai acerca de constelações, distâncias, nomes de astros, procurando e encontrando os que lhe eram mais familiares, descobrindo por vezes, com algum espanto, os mais difíceis de localizar.

Na varanda do rés-do-chão do prédio que ficava mesmo à esquerda da sua casa, uma rapariga fazia-lhe silenciosamente companhia, durante horas a fio.


O que o movia, no entanto, era o transistor que ligava mal se sentava no muro, sintonizando-o na Estação B, que repetia as músicas do Hit Parade da semana, constituído por vinte canções que passavam na rádio ao domingo à noite, da vigésima até à primeira, para manter o suspense. Sabia os nomes e a ordem das canções no Hit Parade, de trás para a frente e vice-versa. Perguntavam-lhe às vezes que música tinha ficado em quinto lugar, ou em décimo primeiro, e acertava sempre na resposta.

O pensamento e a imaginação soltavam-se-lhe com frequência da música e corriam, voavam por entre estrelas, sons de pequenos animais, hinos e canções. Terá sido daí que lhe veio o fluir acelerado das ideias em noites de insónia, em que já não sabia se era o pensamento que o mantinha desperto, se a falta de sono que o obrigava a percorrer velozmente as rectas, curvas e contracurvas que lhe brotavam do cérebro. Perceberia mais tarde que cada um dos factores influenciava o outro. Tal conhecimento, porém, nunca viria a libertá-lo da insónia. Felizmente?

55 comentários:

Teresa Durães disse...

Pessoalmente tenho um certo gosto das noites dos pensamentos velozes mas não lhe chamo de insónia: esta seria mais querer dormir e não conseguir. Nada como as horas estenderem-se e irmos ao sabor das curvas. Em tempos ficava noites acordadas a ver as constelações e eram noites que ainda recordo com saudade.

P.S. o meu médico não acha grande piada às noites em claro eheheh

Arábica disse...

Sempre temi e desejei essas noites: nunca se sabe onde nos levam, que estrelas são descobertas, que músicas nos varrem o espirito e nos acordam a alma...

Noites de inquietação na busca, de encontro olhos nos olhos, nos acordes que nos fibrilham.

Felizmente, pois :))


E hoje (aqui) não ouço o Cat Stevens mas ouço-a muitas vezes em casa :))


Yo Alien :))


Beijos

wind disse...

Excelente prosa, que me parece requer uma continuação por alguém ou por ti próprio:)
Beijos

Arábica disse...

errata: ouço-o :)) "o" :)

Lizzie disse...

Olha se o conhecimento das coisas nos libertasse do lado incómodo delas...

E noites de insónia, com ou sem relento podem ser reveladoras de ideias que andam no labirinto dos pensamentos escondidos ou aflições à espera do escuro ou desejo de gozar o silêncio mesmo com canções à volta.
E podem ser mais tanta coisa junta ou separada.
Vá-se lá saber porque é que o sono foge ao ver a vida desperta.
Cada um...

E, já agora:) estou-me a lembrar que era pequena e tive uma paixão pelo Cat Stevens e pelo dono do gira discos que o tocava, rapaz para aí com mais dez anos que eu, crescidíssimo.Paixão simultãnea, note-se.Se bem me lembro também, nunca cheguei a namorar com nenhum deles.:))

Beijinhos.

Lizzie disse...

andamos muito nocturnos:))

Também andas de roupão e pantufas?:))

Graça Brites disse...

Os muros são lugares muito espirituais. O composto muro-tangerineira-figueira-hinos-constelações-rapariga silenciosa, parece excelente para agarrar e trazer do além das memórias profundas os transístores e os sons imperecíveis das nossas existências. Os muros são, também, óptimas rampas de lançamento para reflexões e harmonizações dos entendimentos. Constituem interessantes laboratórios para a formulação dos fundamentos conducentes à criação da teoria que explica a razão pela qual o nosso pensamento voa. :))
Felizmente há muitos muros por essas vidas fora. Digo eu.

Abç.

Alberto Oliveira disse...

... se há perguntas que podem ficar sem resposta esta é uma delas. Há menino que trocaria uma noite bem dormida por uma daquelas incontornáveis insónias preenchida com a música da sua vida. Pessoalmente candidato-me pois quando caio na cama é tiro e queda...
O "Gato Esteves" é do "meu tempo", não me fez companhia em insónias pelo que atrás expressei, mas partilhou algumas directas do meu contentamento.
Infelizmente nunca nenhuma rapariga me fez companhia horas a fio, numa varanda perto de mim. Sempre fui muito difícil de aturar.
Em criança, havia um muro onde eu e os da minha idade, nos reuníamos em brincadeiras que fazem rir incrédulas, as crianças de hoje. O muro também já não existe tal como outros muros.
Felizmente?

Abraço e óptimo fim de semana.

Anônimo disse...

Faz tanto tempo que não via a palavra "transistor" associada a um rádio..... estarei a ficar velha?! :)

Bjs e bom fim de semana

Alien8 disse...

Teresa,

Conheço as noites de que falas, mas as que referi no texto são mesmo de insónia. Eu sei que são, porque fui eu que escrevi o texto :P

Que médico acharia piada a noites em claro? Bem... por acaso... a minha às vezes acha :)

Bom fim de semana.

Alien8 disse...

Arabica,

Porquê temer? São noites em que, no meio de algum (ou até muito) desconforto, conseguimos descobrir com nitidez coisas importantes, criar algo ou simplesmente deixar o pensamento correr pelo puro gozo da corrida. Perante isso, o facto de o sono não vir perde alguma importância. Depois, lá teremos de o recuperar...

Por isso, também digo felizmente.

Bom fim de semana e beijinhos.

Alien8 disse...

Wind,

Não digo que este texto tenha continuação, mas é certo que, embora escrito há dias, pertence a um todo no qual se encontra a meio, um meio não rigoroso e ainda indeterminado, provavelmente mais próximo do princípio que do eventual fim.

Ou seja: Tenho pedaços escritos, não sei como vou juntá-los, nem quando, nem se alguma vez conseguirei acabar o projecto.

Obrigado e um beijo.

Alien8 disse...

Lizzie,

É como dizes. E cada um... pois claro!

Novidade, novidade, foram essas paixões simultâneas (e, pelo dito, platónicas :))) Sei como isso era, pois sei. Aliás, a rapariga na varanda...

Caso ainda esteja vivo um resquício da paixão pelo Cat Stevens, venho lembrar-te de que se converteu ao islamismo e adoptou o nome de Yussuf Islam.
Digo lembrar-te porque não acredito que não o saibas já :)

Tea for the Tillerman!

Bom fim de semana.
Beijinhos.

Alien8 disse...

Ah, Lizzie...

Nocturnos, sim, um pouco. Roupão e pantufas, é raro, mas confortável :)

Alien8 disse...

Graça B.,


Os muros são, sem dúvida, lugares muito espirituais e magníficas rampas de lançamento, até mesmo no sentido literal - os meus joelhos frequentemente esfolados de antanho que o digam!

Mas...

Constituem interessantes laboratórios para a formulação dos fundamentos conducentes à criação da teoria que explica a razão pela qual o nosso pensamento voa. :))

Ai sim? E quanto tempo levarei a descodificar isto? Quero dizer, a interiorizar :)

Como dizes, felizmente há muitos muros desses, que os outros não fazem falta.

Obrigado e um abraço.

Alien8 disse...

Legível,

A resposta à tua pergunta final é bastante complicada. Depende dos muros...

Conheço bem as reuniões de infância e juventude nos muros, e o que deles se fazia, as variadíssimas maneiras de os saltar e por aí adiante. Quem não conhecerá?

Quanto à rapariga, bom... também se pode imaginá-la :) No caso do texto, era real, mas não aturava o narrador, nem sequer se falavam. Estavam ali, e pronto. Será que isto se entende?

Invejo esse "tiro e queda". Mas que se há-de fazer, não nasci assim...

Um excelente fim de semana para ti, e
Um abraço.

Alien8 disse...

Mar,

Velha? Não me parece! Pelo contrário, quem ainda usa o termo transistor nesse sentido, e se lembra dele, é que deve estar a ficar um bocado fora do prazo de garantia... Não que seja o meu caso! :)))

Bom fim de semana.
Um beijo.

uf! disse...

Boa noite, alien, e bom feriado...
Estava a precisar de umas insónias, para poder pôr os sonhos em dia :-)
Também por cá tenho uma tangerineira e uma figueira. Mas sento-me numa cadeira de madeira que, ainda que ninguém dê nada por ela, é das mais confortáveis em que já me sentei.
Tenho saudades do velho transistor - e tinha saudades de ler a palavra transistor...
obrigada
Agora, escuto os ralos. E como eles ralam! :-)

Alien8 disse...

Prof,

Bom feriado para si também!
Obrigado pelo comentário, e pela lembrança da cadeira. Conheço essas cadeiras, e gosto delas.

Ralos é que não ouço por aqui. São apenas uma memória.

clickit disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

...like the first morning ...
As estrelas que se viam então!

Obrigada pela companhia sugestiva, em insónias também.
Beijinhos
(e fui eu que apaguei acima)
Bettips

Alien8 disse...

Anónima Bettips :)

Eu é que agradeço!
E a solidariedade na insónia é fundamental!

Beijos, bom feriado.

Arábica disse...

Alien,

porque temer? porque num ponto qualquer da noite se corre sempre o risco de descobrir um qualquer nó que faz o nosso pensamento tropeçar, deixar de ver as estrelas, para se debater numa só const(ata)elação :)

Concordo contigo: se tropeçamos, são importantes!

E na sua importância, ainda nos levam mais velozes na insónia, abrindo sempre novos caminhos;

lembro-me de uma frase feita que para este teu post, vou alterar:

" ...quando julgamos que sabemos todas as respostas a insónia muda todas as perguntas..." :))

Somos de uma geração transistor, Alien :) (ainda hoje, guardo um pequeno, a pilhas, para quando a luz falha), noites e noites a ouvir o "Quando o telefone toca", os pais a julgarem-me adormecida e eu com uma pantufa a abafar a luz do candeeiro para continuar a ler (queimei várias) e o pequeno transistor no minimo :))

Ah que felicidade quando alguem pedia o Samba pa ti de Santana! :))

Aquele fibrilhar!

:)

Boas memórias nos ofereces, Alien, de um tempo em que os rapazes não conheciam as raparigas e as raparigas guardavam no peito amores platónicos por rapazes que (às vezes) nem as viam ;))

Eu tive um desses platónicos por um rapaz da minha rua durante anos!:))
Até que um dia fiquei bem mais alta que ele e a meus olhos, o coitado que nunca me ligou nenhuma, perdeu todo o encanto :))

Solidarizo-me num madrugar de café, bem disposto, sem nós ou nuvens, pode ser?

Ah! E claro...com toda esta conversa...já voltei a ter net!! :))


Beijinhos e bom feriado para ti, Lola e todos os seres verdes deste teu planeta :))

Anônimo disse...

Penso que não sendo a felicidade algo sempre discutível
Bom feriado para todos.
Rantanplan.
http://bandeiranegra1.wordpress.com/2008/12/08/este-e-um-blogue-kolectivo-canino-onde-um-porco-e-mais-porco-do-que-os-outros-conforme-o-explicou-orwell/

Alien8 disse...

Vanda,

Certo, não temer, nem mesmo o disfarce do transistor, nem o da lanterna para ler o livro... quando já tinha queimado lenços a mais... coitados dos pais... eheheh!

Por sinal, o Samba Pa Ti é muito adequado a paixões platónicas - e tive bastantes, lá isso tive... :)

Madrugar de café, sem nós nem nuvens, está bem, mas não muito cedo, ok? :)

Ainda bem que já tens net. Não há mal que sempre dure, não é? Hmm...

Beijos da Lola e meus. Verdinhos.

Alien8 disse...

Rantanplam (!),

Sem dúvida, muito discutível mesmo. Agradeço a resposta.

Bom resto de semana!

Um abraço

Teresa Durães disse...

aqui continuamos com as estrelas. pena estar a chuver e as nuvens tapam-nas

Arábica disse...

Alien...então...passei-me? :)

Uma pessoa toda inspirada para inventar situações :) e pronto, vens tu e dizes que me passei :))

ai ai :)

Alien8 disse...

Teresa,

Pois é. E o frio não ajuda nada à contemplação dos astros...

Mas segue com as estrelas :)

Alien8 disse...

Arabica,

Eheheheh! Estava com esperança de que visses esse comentário! "Porra de destino!"... Não é que o leste mesmo?

Às vezes tenho formas estranhas de dizer que gostei das coisas... mas gostei, e pronto :)

Passar-se é bom! Eu também me passo muitas vezes. E depois saem aqueles textos esquisitos que por aí deixo, e outros que nem me atrevo :)

Beijos.

Arábica disse...

Alien,

já percebi: gostaste, porra! :)



Confesso que me deu prazer,escrever aquele pequeno texto, exactamente da forma que o verbalizava em pensamento, da forma como o sentia :))

Ontem as palavras andaram à solta, só se tendo domesticado quando
chegou a hora de voltar para a cozinha (que mais parece uma extensão d Igreja de STªEngrácia pelo tempo que tem levado a "edificá-la")...

As mudanças de casa (reais e virtuais) e de ares são sempre benéficas :))


Quanto aos teus textos, gostei sempre deles e a alguns achei bastante graça :))) (estou a lembrar-me de umas fogaças ;))) )

E também curto passar-me :)


E já agora ;) que passem uma boa noiTe :))

Beijos

Alien8 disse...

Arabica,


Que as palavras andaram à solta vi eu logo, daí o ter falado em passanço :)))

Obrigado pelo que dizes dos meus textos. Espera aí... fogaças? Onde é que leste isso??? Estou mesmo a passar-me... não sei é para onde!

Boa noite para ti e para essa cozinha tão religiosa :)

Emma Larbos disse...

Ora bem, noto por aqui uma alma sulista. Quintal com figueiras e tangerineiras, paisagem do sul. Serões passados à porta de casa, a exigir temperatura amena durante a noite e desprezo pela televisão, lembram-me certas noites de primavera ou verão bordadas, no sul, de conversas com a vizinhança e de bailes improvisados com rádio em fundo.
Falta o ritmo das cigarras e um chazinho de camomila, cura para as insónias das almas solitárias.

Graça Brites disse...

Alien,

Quando escrevi a frase vi logo que estava esquisita, até mesmo pirosa, mas decidi deixá-la assim, acreditando que a sinalefa que simula o sorriso seria suficiente para apelar à tua compreensão e generosidade. Mas nada e agora cá vou tentar trocar a piada sem graça por miúdos. O que eu queria dizer era que os muros são excelentes poisos para nos entretermos nos momentos de insónia e para nos sentarmos a comer figos e tangerinas enquanto pensamos na morte da bezerra. Era isto ou um pouco mais para um dos lados do muro, mas algo muito simples mesmo. :)

Abraço.

Alien8 disse...

Emma Larbos,

Bastante a Sul, por acaso. Mas não exactamente nesse Sul de que fala, embora por lá também tenha passado uns anitos. Mais a Sul...

O chazinho de camomila é que faz sempre jeito, sejam quais forem as coordenadas.

Obrigado pelo comentário.

Alien8 disse...

Graça B.,

Nem esquisita, nem pirosa!
Creio que percebi muito bem aonde querias chegar, e entendi o sorriso como ironia por causa da pompa e circunstância, deliberadas, da dita frase.:)

Por isso também pus um sorriso no meu comentário.

Peço desculpa se não me fiz compreender!

Abç.

Mocho Falante disse...

Já tive durante um par de meses noites de pura insónia, a minha companhia era a vizinha do prédio da frente que eu via do meu terraço, ela passava a ferro e eu contava as estrelas no desejo profundo que mais uma noite terminasse...

Excelente texto...Parabéns!

Graça Brites disse...

Alien, nada disso! :)) O episódio da frase intrincada foi muito divertido. Se calhar ontem deixei escapar entre as linhas a ironia da explicação...é que isto de comentar a brincar às primeiras horas da manhã com uns palitos nas pestanas para que os olhos não fechem não é coisa fácil. Tem noites que dava muito jeito uma bela insónia. Mas estou à espera de a poder aproveitar quando ela aparecer. Tenho uma memória cheia de horas presas num fio à espera de serem contadas, mil metros de muro para percorrer e uma lista enorme de músicas por organizar. Trabalho que nunca mais acaba. :)

Obrigada.

Arábica disse...

Alien, boa noite!


vim ver se já havia continuação :)


As fogaças estão aqui algures numa caixinha de comentários...era verão e já se falava de natal...e de avós...ou seria netos???? :)))

e mais não digo :))


E para a semana vou também em busca do "Escuta Zé Ninguém", palavra de escuteira :)

-na minha memória de elefante deve estar algures no Outono 2006 ou lá perto;)

Beijos para a Lola e para ti!

Alien8 disse...

Mocho Falante,

Ah, também tinhas companhia :)))
Sempre é melhor, seja a passar a ferro ou não.

Obrigado e um abraço!

Alien8 disse...

Graça B.,

Indiscutivelmente divertido :)
Essa insónia há-de vir, e então muita coisa se cumprirá. Não que o trabalho acabe, por causa das novas ideias e do prolongamento dos muros que se associam à dita insónia... mas contra isso não há nada a fazer!

Abç.

Alien8 disse...

Arabica,

Não vai haver continuação deste tão cedo. Está tudo mais ou menos explicado na resposta ao comentário das Wind, lá mais acima.

Agora a questão das fogaças. Se estão aqui, hei-de encontrá-las, c'os diabos! Vou seguir as pistas.

O Zé Ninguém é que não posso procurar: Se estiver onde penso, os comentários foram-se.

Veremos o que desencantas :)

Beijos para ti, da Lola e meus.

Alien8 disse...

Arabica,

Ahah!

Bem me parecia que não tinha sido eu a falar nas fogaças:)

Em 8 de Julho, a propósito da Quadra Natalícia, onde um cartaz anuncia um leilão de fogaças :)))

Este já está. Agora o outro... não sendo neste blog... aguardo instruções :)

Rosalina Simão Nunes disse...

Claro que só pode ser felizmente.


Felizardos aqueles que conseguem pela música soltar o pensamento e imaginação.

A cadência da escrita é excelente. Gostei muito.

Vou guardá-lo e se me permitires usá-lo-ei na aulas como exemplo como motivação. Posso?

Alien8 disse...

Rosalina,

Também sou dessa opinião, embora por vezes doa um bocado.

Obrigado pela crítica! Podes fazer com ele o que quiseres. Motivação? Hmmm, ok :)

Lola disse...

Alien,

Pois nós também tinhamos um muro!

Bem mais a Norte:)))

E não tínhamos insónias, mas a
vizinhança não conseguia dormir:)))

Beijos

Alien8 disse...

Lola,

A Norte, pois é :)))

E pobre da bizinhança!

Ora ainda bem que voltaste!

Beijinhos, muitos.

Rosalina Simão Nunes disse...

Não imaginas, alien, o efeito que um texto escrito por alguém que não seja escritor de profissão tem como móbil de motivação.

Julgo que funcione mais ou menos assim: ora se essa pessoa conseguiu escrever assim e não é escritor, eu também consigo.

Alien8 disse...

Rosalina,

Certo, muito certo.
Mas... eu sou escritor de profissão :P

Rosalina Simão Nunes disse...

Mas, então, não te identifiques. :p

Vou fechar os olhos e tapar os ouvidos. Não quero saber.

Alien David Sousa disse...

Mano, achei piada à parte do Hit Parade fizeste-me recordar os meus anitos de adolescente em que também sabia de cor os exitos do Top 10 da rádio. lol
Adorei o texto.
Beijinhos

Alien8 disse...

Rosalina,

Provavelmente conheces-me pelo meu pseudo / heterónimo: Margarida Rebelo Pinto.

Ahahahahahahah!

Um beijo.

Alien8 disse...

Mana DS,

Tem piada secordar isso, sempre! Já vi que, como boa alien, és das minhas :)

Obrigado!

Beijinhos alienígenas!

Rosalina Simão Nunes disse...

Hummmm..., Alien, se tu o dizes, quem sou eu para duvidar. :p

De qualquer modo, talvez leia qualquer coisa do pseudo/heterónimo só para confirmar. Talvez, ou talvez não...

Alien8 disse...

Rosalina,

:P